Os CEOs de Ericsson, Meta, Spotify entre um total de 40 executivos da área de tecnologia e pesquisadores assinaram uma carta aberta criticando as regulações de inteligência artificial e de privacidade de dados da União Europeia. Os signatários alertaram os legisladores que uma abordagem fragmentada prejudicará o avanço econômico e tecnológico do bloco.

“A Europa tornou-se menos competitiva e menos inovadora em comparação com outras regiões” por conta da “inconsistência nas decisões regulatórias”, escreveram.

O texto lamenta também as intervenções das autoridades de proteção de dados, que levaram a incertezas sobre quais tipos de dados podem ser usados para treinar os modelos de linguagem.

A falta de clareza e falta harmonização das regras que regem o desenvolvimento e implantação de IA impedirá a UE de colher os benefícios de modelos de código aberto e multimodais, que os signatários descreveram como os “dois pilares da inovação em IA”.

De acordo com os executivos e pesquisadores, a próxima geração de modelos de IA de código aberto, e os produtos e serviços a serem desenvolvidos com eles, não compreenderão ou refletirão o conhecimento, a cultura ou os idiomas europeus.

“A Europa enfrenta uma escolha que impactará a região por décadas. Ela pode optar por reafirmar o princípio da harmonização consagrado em estruturas regulatórias como o GDPR, e oferecer uma interpretação moderna das disposições do GDPR que ainda respeite seus valores fundamentais, para que a inovação em IA aconteça aqui na mesma escala e velocidade que em outros lugares”, continuou o texto.

“Ou, pode continuar a rejeitar o progresso, contradizer as ambições do mercado único e assistir enquanto o resto do mundo constrói tecnologias às quais os europeus não terão acesso”.