O 5G FWA foi testado em escolas públicas do Distrito Federal que sofrem com a falta de acesso à Internet. A tecnologia basicamente consiste no acesso fixo sem fio e pode ser o caminho para que todas as instituições do País fiquem conectadas à banda larga. Os testes foram realizados em seis instituições de educação básica – que somavam quase 2,5 mil alunos –, ao longo de dois meses, graças a uma parceria entre o Ministério das Comunicações (MCom) e o governo do Distrito Federal (DF). O intuito era avaliar se a conexão funcionaria bem para fins pedagógicos.
As escolas participantes estão em diferentes localidades do Distrito Federal e a cerca de 800 metros da torre de uma das operadoras participantes da iniciativa, TIM e Claro. Uma das vantagens de oferecer o 5G FWA é sua praticidade e baixo custo, já que não depende de uma estrutura de cabos dentro da instituição. Quem cuidou da implantação da rede e a instalação dos equipamentos foi o CPQD, avaliando quais seriam os pontos mais apropriados para a recepção do sinal e sua distribuição pelos repetidores. A empresa também foi responsável por monitorar o desempenho das CPEs da Intelbras.
Próxima fase do 5G FWA
Durante os testes com o 5G FWA, a velocidade máxima alcançada com a frequência de 3,5 GHz foi de 945 Mbps. A média, no entanto, ficou entre 480 Mbps e 589 Mbps. De toda forma, os valores indicam que a tecnologia tem capacidade de atender uma escola com até 500 alunos. Isso porque a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec) prevê que o ideal é que a conexão tenha velocidade de, pelo menos, 1 Mbps por aluno no turno de maior movimento. Na próxima fase da iniciativa, serão instaladas antenas para o 5G FWA dentro das escolas para avaliar qual é a melhor solução. Até 2026, o Governo Federal deseja oferecer Internet de qualidade a todas as 138 mil escolas de ensino básico do País.
Arte de Nik Neves para o Mobile Time.