O X aguarda a decisão do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, que poderá liberar o seu desbloqueio a qualquer momento. A rede social relutou, mas acabou cedendo às exigências do Supremo Tribunal Federal, agora, aguarda nova decisão da Corte. O aplicativo não foi o único a ser bloqueado por aqui. Relembre outros que sofreram embargos temporários.

YouTube

A plataforma de vídeos do Google foi bloqueada em 2007. Na época, diversas contas publicaram um vídeo íntimo de Daniella Cicarelli com o seu então namorado, Renato Malzoni. Com a exposição, Malzoni processou o YouTube para a retirada do conteúdo. Até remover todos os conteúdos, a aplicação ficou suspensa no Brasil por 24 horas. Vale dizer que, à época, ainda não havia aplicativo da plataforma.

Secret

Popular em 2014, o app permitia que usuários compartilhassem segredos de forma anônima. O problema é que seu uso também foi oportunidade para a publicação de informações pessoais, ofensas, mentiras, racismo e homofobia. Isso motivou o Tribunal de Justiça do Espírito Santo a pedir sua remoção das lojas de aplicativo e o bloqueio do acesso pelos aparelhos, através das operadoras.

WhatsApp

O aplicativo de mensageria registrou a partir de 2015 uma série de recusas a decisões judiciais, o que lhe custou a suspensão em três oportunidades, uma delas naquele mesmo ano, em dezembro. A derrubada da aplicação partiu da Vara Criminal de São Bernardo, por falta de cooperação em uma ação judicial. Com isso, a ferramenta deixou de funcionar por cerca de 14 horas.

Mesmo com o incidente, o WhatsApp (AndroidiOS) não aprendeu a lição. Em maio do ano seguinte, pelo mesmo motivo, o app ficou suspenso por 24 horas, após uma ordem da Justiça de Sergipe. Em julho teve outro episódio, deixando de funcionar durante o período da tarde. Desta vez, a decisão partiu do Rio de Janeiro. Em todos os episódios, o aplicativo de mensageria alegou que não poderia liberar os dados solicitados pelo fato de usar criptografia.

Assim como o X: Telegram

Outro reincidente, o Telegram (AndroidiOS) ficou fora do ar primeiro em março de 2022. O aplicativo não tinha um representante legal e simplesmente não respondia às tentativas de contato da Polícia Federal. Na época, a instituição tentava encaminhar ordens judiciais, as quais previam o bloqueio de perfis e solicitavam os dados de usuários que disseminavam desinformação e discursos de ódio, o que motivou o embargo, em decisão de Moraes. Diante disso, a ferramenta ficou suspensa por dois dias. O caso é bastante semelhante ao do X, com a diferença que o app não demorou muito para agir e pediu desculpas no mesmo dia em que saiu a decisão.

Em abril de 2023, houve um novo episódio. Desta vez, por fornecer informações insuficientes para a Polícia Federal que, na época, estava investigando grupos neonazistas que planejavam ataques a escolas pela ferramenta. A recusa custou três dias fora do ar no Brasil.

Foto: Mati Mango/Pexels