O WhatsApp alterou o preço para envio de mensagens de marketing em quatro mercados nesta terça-feira, 1. Na Índia, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos o preço ficou mais caro, enquanto no Reino Unido diminuiu. Nos demais mercados e nos outros tipos de mensagens (utilidade, autenticação e autenticação internacional) não houve alteração.

Na Índia, maior mercado do WhatsApp em número de usuários no mundo, o preço para envio de mensagem de marketing subiu 8%, de US$ 0,0099 para US$ 0,0107. Apesar do aumento, a Índia continua sendo o mercado com o menor preço por mensagem de marketing no WhatsApp, logo à frente da Turquia (US$ 0,0109).

Na Arábia Saudita, o preço aumentou 12%, de US$ 0,0406 para US$ 0,0455. E nos Emirados Arábes Unidos passou de US$ 0,0340 para US$ 0,0384, alta de 13%.

A única redução aconteceu no Reino Unido, aonde o preço caiu 25%, de US$ 0,0705 para US$ 0,0529 por mensagem de marketing enviada.

O maior preço por mensagem de marketing no WhatsApp continua sendo na Holanda: US$ 0,1597.

O preço no Brasil é de US$ 0,0625, ou R$ 0,34, no câmbio desta terça-feira, 1.

É importante lembrar que a cobrança é feita de acordo com o país do número telefônico do destinatário, não pela localização da empresa que realiza o disparo. Ou seja, uma mensagem de marketing enviada por uma empresa indiana para um consumidor com número telefônico brasileiro será cobrada com pelo preço do Brasil, não da Índia.

Estratégia do WhatsApp em mensagens de marketing

As mensagens de marketing no WhatsApp custam mais caro que as demais por uma decisão estratégica da Meta para evitar o envio de spam. A empresa sempre teve consciência de que precisaria tomar esse cuidado para que não acontecesse com o WhatsApp o mesmo que ocorreu com o email ou o SMS.

Por sinal, a diferença de preço entre os canais é gritante. No SMS, não há variação de acordo com o conteúdo ou o propósito da mensagem A2P, mas pelo volume contratado pelo integrador. Em geral, fica abaixo de R$ 0,10.

O movimento de elevar os preços em alguns mercados pode ter sido motivado para evitar o uso abusivo do canal. A queda no Reino Unido, ao contrário, provavelmente visa incentivar uma maior adoção do WhatsApp para campanhas de marketing.

Ilustração: Nik Neves para Mobile Time