O app da Koin (Android, iOS) soma mais de 1 milhão de downloads em pouco mais de um ano de vida. A fintech possui soluções voltadas para buy now, pay later, através de um Pix de crédito ou um boleto pago da mesma forma, em que ela arca com o valor da compra e o usuário paga depois. Embora também atue no setor antifraude, a empresa tem direcionado seus esforços para o aplicativo e deseja triplicar o fluxo de transferências por ele. A Koin acredita que, com isso, terá mais informações sobre os usuários e, por consequência, saberá o que oferecer a eles.
Criada com o intuito de democratizar o acesso a crédito, atualmente, a fintech estima que em torno de 40% das suas transações sejam realizadas pelo app. Dentro dele, o cliente consegue usar o Pix em qualquer compra, independentemente de ser uma loja parceira da empresa ou não.
O app ainda oferece outros diferenciais, como descontos e a possibilidade de pagamento sem juros dentro do seu marketplace Koin Ship. De acordo com a Koin, a cada compra efetuada através da ferramenta, o usuário tem acesso a mais benefícios e ainda aumenta seu limite de crédito, desde que tenha um bom nível de adimplência.
Dinâmica de funcionamento
Os serviços da fintech funcionam de duas formas: pelas lojas parceiras ou dentro do app. Na primeira, a avaliação de crédito ocorre em até dois segundos mediante o fornecimento do CPF e nome. A partir disso, a empresa analisa quanto concederá com o auxílio de inteligência artificial (IA) e análise de dados, como endereço, mercadoria a ser adquirida e renda. O Pix pode ser parcelado com a loja, entre 2 a 24 parcelas, basta o cliente selecionar a função Pix parcelado na finalização da compra. No entanto, as regras também são do estabelecimento, como quantidade de parcelas e juros incidentes.
De acordo com a empresa, o número de lojas parceiras gira em torno de mil. Já na segunda vertente, o pagamento pode ser realizado em qualquer estabelecimento que aceite o pagamento por Pix. Para isso, basta o cliente copiar e colar o código de pagamento. Na ferramenta, há algumas regras quanto à possibilidade de juros.
Se é um produto que precisa ser adquirido recorrentemente ou tem baixo valor, a empresa não os cobras. Já em compras de maior valor, há a possibilidade de parcelamento entre 12 a 24 vezes, mas com incidência de juros. Apesar do fácil acesso ao crédito, o CPO da Koin, Lucas Iván González, afirma que a maior parte dos clientes finais têm um bom nível de adimplência.
Próximos passos
Somente nos últimos três meses, o número de transações pelo app cresceu em torno de 50%. A Koin agora almeja que cada cliente final passe de três para seis transferências por ano. Na concepção da empresa, o ideal será chegar a 100 transações anuais por usuário.
Pelo potencial de mercado, a fintech tem direcionado seu foco para o Brasil, enquanto está aos poucos buscando espaço no México. O objetivo é se tornar sustentável a longo prazo e continuar mantendo seu rápido crescimento.
Ilustração de Nik Neves para o Mobile Time.