O X (Android, iOS) volta aos poucos no Brasil. Depois de a Anatel notificar as operadoras, a rede social volta a ficar disponível depois de 40 dias fora do ar.
O desbloqueio foi determinado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, depois que a plataforma pagou na conta correta as multas que somam R$ 28,6 milhões – estipuladas por descumprimento às ordens judiciais de bloqueio da rede social.
Ainda pela manhã algumas pessoas começaram a acessar a plataforma de Elon Musk.
Em um post, o perfil Global Government Affairs, da rede social, disse estar orgulhoso de estar de volta ao Brasil e que atuará dentro dos limites da lei.
“Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo este processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos”, escreveu.
O que a imprensa internacional comentou sobre o caso STF vs X
O bloqueio da rede social aconteceu no dia 30 de agosto porque Musk desafiou pedidos do STF para banir contas de usuários ou remover conteúdo que, segundo o tribunal, violavam leis federais.
Depois de publicar diversos posts relacionando Moraes ao vilão de Harry Potter, Voldemort, e de afirmar que o que acontecia no Brasil era o cerceamento da liberdade de expressão, a rede social resolveu obedecer as ordens do judiciário – as quais disse várias vezes que não iria cumprir.
De acordo com o New York Times Musk acabou perdendo a queda de braço:
“A aparente resolução da batalha que durou meses representou uma derrota para Musk, que se autodenominava um defensor da liberdade de expressão. Sua empresa perdeu um mês de negócios em um de seus maiores mercados, permitindo que rivais ganhassem terreno, para no final acabar exatamente aonde começou”, escreveu o jornal em reportagem sobre o assunto.
O The Guardian descreveu a movimentação de Musk em pagar as multas e indicar um representante legal como um recuo.
“Mas nos últimos dias, Musk parece ter recuado, pagando 28,6 milhões de reais em multas e nomeando um advogado brasileiro como representante legal do X, conforme exigido pelas leis do país”, escreveu o jornal.