Uma pesquisa realizada pelo Nubank (AndroidiOS), em parceria com a Ipsos, revelou que 11% dos brasileiros ainda fazem pagamentos através do caixa eletrônico. O número é o menor quando comparado aos outros dois países em que o banco atua, Colômbia e México, que registraram percentuais de 20% e 30%, respectivamente. O levantamento foi realizado em setembro deste ano, com 600 pessoas de cada um dos países mencionados.

No estudo foi possível constatar que os participantes de Colômbia e México vão mais às agências bancárias do que os brasileiros. Quando questionados se não se dirigiam a uma há mais de seis meses, 16% dos mexicanos e 23% dos colombianos disseram que sim. Já no Brasil, não estar em uma agência há mais de 180 dias dias foi uma realidade confirmada por 38% dos respondentes.

Essa digitalização desigual se reproduz nos produtos ou serviços mais utilizados. No Brasil, lideram respectivamente: Pix (75%) bem como os cartões físicos de crédito (49%) e débito (47%). Na Colômbia, o dinheiro lidera, com 56%, contra o cartão de débito (47%) e o saque no caixa eletrônico (46%). Entre os mexicanos, o dinheiro é o mais utilizado também, com 54%, seguido pelo cartão de débito (54%)  e o Sistema de Pagos Electrónicos Interbancarios (SPEI) – sistema de pagamento online –, usado por 44% dos respondentes.

Em relação aos meios de pagamento, ao menos metade dos entrevistados de cada país afirmaram usar o cartão de crédito. A modalidade é muito usada para pagar compras no supermercado, especialmente no Brasil, e serviços.

Foco na emergência

A cultura de investir dinheiro é um hábito ainda em processo de assimilação nesses países. De acordo com a pesquisa encomendada pelo Nubank, metade dos brasileiros admitiram que começaram a guardar ou a investir o próprio dinheiro há cerca de dois anos, contra 42% dos colombianos e 44% dos mexicanos. Em relação ao motivo principal houve uma unanimidade: ter uma reserva de emergência. Se no Brasil e na Colômbia o percentual passa dos 50%, no México, ele representa 48% dos participantes da pesquisa.

Busca por educação financeira

Diante do fácil acesso a diversos produtos e serviços, há a importância de saber como proceder e o que se encaixa melhor às possibilidades de cada um. Nos três países participantes do estudo, identificou-se que a maior parte dos interessados em educação financeira são pessoas entre 26 a 40 anos, denominados millenials. A geração, inclusive, foi a que mais indicou ter algum nível de conhecimento sobre o assunto. A unanimidade também está na fonte de informações, em Brasil, Colômbia e México, a maioria dos participantes afirmou que busca se educar financeiramente pelos canais dos bancos, como sites e apps.

No Brasil, chama a atenção o fato de que, quanto mais jovem, maior o interesse pelas finanças. Enquanto os baby boomers (com mais de 60 anos) tiveram 46% dos entrevistados com vontade de aprender a respeito, os da geração X – pessoas entre 40 e 60 anos – foram de 70%, já os millenials, 81%. 

Nubank observou diferenças geracionais

O levantamento se aprofundou nos hábitos e vivências financeiras de cada geração. Uma das questões levantadas foi sobre qual produto ou serviço nunca usou. A carteira virtual foi a que registrou as maiores diferenças. Enquanto apenas 5% dos entrevistados entre 18 a 25 anos (geração Z) jamais usou. O número sobe para 15% entre os millenials e 23% para a geração X. O número beira a metade entre os baby boomers, com 48% de seus respondentes afirmando que nunca usaram uma carteira digital.

Por outro lado, o Pix é o produto mais usado por todos: 70% da geração Z, 83% dos millennials, 77% da geração X e 53% dos baby boomers.

Foto: Livia Chanes, CEO do Nubank Brasil. Crédito: Karina Merli/Mobile Time