O ITI, autarquia federal responsável pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), propõe um novo modelo de negócios para os certificados digitais de pessoas físicas no país. A ideia é que a emissão seja preferencialmente gratuita, ou tenha um preço muito baixo, e que a monetização venha através da cobrança por cada transação autenticada com o certificado, cujo pagamento ficaria a cargo das empresas, não dos cidadãos que assinam.

“Queremos massificar o uso de certificados digitais, cuja emissão dever ser preferencialmente gratuita, como é na Europa. Para isso, precisamos adotar um modelo que rentabilize por transação, não pela emissão do certificado”, explicou Enylson Camolesi, presidente do ITI, durante palestra no MobiMeeting Finance + ID, evento realizado na última quarta-feira, 30, em São Paulo, com organização de Mobile Time.

Camolesi citou o exemplo da Espanha, que tem uma população muito menor que a brasileira, mas uma quantidade muito maior de certificados digitais ativos, pois lá a emissão é gratuita.

O papel da CIN para a massificação do certificado digital

A nova carteira de identidade nacional (CIN) terá um papel fundamental na massificação dos certificados digitais, pois a biometria captada para a emissão da CIN poderá ser usada no futuro para viabilizar a emissão remota de um certificado digital. Isso acabaria com a necessidade de o cidadão se dirigir a uma autoridade de registro (AR).

Quase 15 milhões de CINs já foram emitidas. Todos os estados da federação são capazes de produzir a nova carteira de identidade. Somente o Piauí já gerou mais de 900 mil CINs, informou Camolesi.

Foto no alto: Enylson Camolesi no MobiMeeting Finance + ID 2024 (Crédito: Adriano Duque)