A Vivo registrou lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre de 2024, alta de 13,5% contra R$ 1,4 bilhão de um ano antes. De acordo com resultado financeiro divulgado na noite desta terça-feira, 5, o aumento foi impulsionado pela receita móvel.
No móvel, houve aumento de 7,5% na base de clientes pós-pago, que alcançou a marca de 65 milhões de assinantes no fim do terceiro trimestre. O movimento foi impulsionado pela migração de clientes pré-pagos para o pós-pago, mas também pela chegada de novos usuários. Também colaboraram os reajustes anuais de preço dos planos móveis.
Como resultado, a receita do serviço móvel registrou um incremento de 8,5%, de R$ 9,2 bilhões para R$ 10 bilhões. O destaque aqui é o crescimento de 10,5% na receita do pós-pago, de R$ 7 bilhões para R$ 7,7 bilhões. Por sua vez, o pré-pago teve uma receita de R$ 1,47 bilhão, aumento de 1,5% contra R$ 1,45 bilhão do terceiro trimestre de 2023.
Completam a receita do móvel da operadora, as vendas de aparelhos eletrônicos (smartphones e casa conectada, por exemplo) que chegou a R$ 856 milhões, incremento de 5% contra R$ 814 milhões do mesmo período um ano antes. Importante dizer, 86% dos handsets vendidos pela Vivo no terceiro trimestre de 2024 são compatíveis com as redes 5G.
Destaca-se também o aumento de 14% no serviço de Internet fixa, de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,7 bilhão, sendo que 83% das vendas em lojas físicas ocorreram da oferta convergente de fixo e móvel, o Vivo Total. No final de setembro, o combo contabilizou 2,1 milhões de clientes, quase o dobro (92%) dos 1,1 milhão de clientes de um ano antes.
Serviços B2B da Vivo
A receita de serviços digitais da operadora cresceu 6,5%, de R$ 1 bilhão para R$ 1,1 bilhão, sendo que R$ 691 milhões desse total são do B2B Digital devido à demanda do setor corporativo por serviços digitais, como o Vivo Agro, que mais que dobrou (112%) suas vendas na comparação ano a ano.
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses contra o mesmo período em 2023, a receita de B2B Digital cresceu 17%, de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,7 bilhões, o equivalente a 7% da receita total da operadora no período e um terço da receita B2B (os outros dois terços, ou R$ 7,6 bilhões, são de faturamento com telecomunicações). Os dois principais destaques nesta categoria são IoT e mensageria, com um aumento de 24%, de R$ 851 milhões para R$ 1 bilhão; e a nuvem, que subiu de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,7 bilhão, alta de 21%.
Serviços B2C
Em B2C, o acumulado dos últimos 12 meses foi R$ 1,5 bilhão, incremento de 30% contra R$ 1,2 bilhão comparado com o mesmo período um ano antes, o equivalente a 3% da receita total da empresa. Aqui, os principais destaques são os serviços de OTT, que cresceram 30% em faturamento, de R$ 526 milhões para R$ 684 milhões; e os serviços financeiros, que aumentaram 16%, de R$ 388 milhões para R$ 450 milhões.
A Vivo cita ainda outros avançados no B2C, como:
- O Vivo Pay, com R$ 823 milhões em empréstimos concedidos de outubro de 2020 até setembro de 2024;
- Os OTTs de vídeo e música, com 2,8 milhões de assinantes;
- O Vale Saúde, que acumula mais 370 mil assinaturas, 50 mil consultas e 900 mil itens vendidos em farmácias com descontos.
Ainda em digitalização, a Vivo informou um aumento de 7,2 pontos percentuais em Pix, nos pagamentos recebidos, e o novo App da Vivo chegou a 26 milhões de usuários em setembro de 2024, crescimento de 2% contra 25,5 milhões de consumidores em março de 2024.
Custos e investimentos
Os custos totais da Vivo no terceiro trimestre de 2024 chegaram a R$ 8 bilhões, alta de 7% contra R$ 7,5 bilhões de um ano antes. Os motivos para este crescimento foram os aumentos de receitas com serviços digitais B2B e B2C da operadora, impacto da inflação e outros custos operacionais. Mas também impactaram os gastos da operadora a redução do nível de subsídios em produtos e aumento da venda de eletrônicos que têm margem menor que os handsets.
Em investimentos, no acumulado de nove meses de 2024 contra o mesmo período em 2023, a Vivo aportou R$ 5,8 bilhões em redes (em especial 5G), alta de 1,2% contra R$ 5,7 bi do ano anterior. Em TI, sistemas e outros, a companhia reduziu o investimento em 2,3%, de R$ 943 milhões para R$ 920 milhões.