O sistema de pagamentos instantâneos precisa ser integrado ao ecossistema de cartões. Durante o Casa Adyen, evento organizado pela adquirente nesta quarta-feira, 6, o vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Visa no Brasil, Rodrigo Cury, afirmou que o arranjo mais novo vai precisar da robustez da centenária tarjeta.
“O Pix é lindo, mas não traz a robustez dos cartões. Ele depende de sistemas similares ao TED (para funcionar). Se pudermos ajudar a usar o Pix com a segurança dos trilhos de cartão de crédito, nós podemos elevar a segurança e a usabilidade na jornada do usuário. Isso vale para Brasil, mas também para EUA, Reino Unido, Espanha, Índia, países que possuem sistemas pagamentos instantâneos”, disse o VP da bandeira.
Cury afirmou ainda que o Pix está nos primeiros passos e relembra que o principal meio de pagamento do País ainda é o ecossistema de cartões (débito e crédito).
Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard no Brasil, afirmou que o País adquiriu uma maturidade ímpar e que está altamente digitalizado em meios de pagamentos. Mas acredita que quanto mais digitalização, mais exposto fica o ecossistema para fraudes e golpes financeiros.
Para o executivo da Mastercard, o ecossistema precisa trabalhar junto para ter segurança, mas também entregar as experiências de pagamentos com poucas fricções ao consumidor para ter equilíbrio e aumentar as transações de bancos e comerciantes.
Por sua vez, Giancarlo Greco, CEO da Elo, disse: “Precisamos nos unir para aquilo que nos forjou até aqui: segurança, conveniência e rapidez. Se mantivermos as parcerias, as indústrias vão se juntar. Mas o desafio para manter esses três pilares de pé não é trivial”.
Imagem principal, da esquerda para direita: Giancarlo Greco, Elo; Thaís Fischberg, Adyen; Marcelo Tangioni, Mastercard; Rodrigo Cury, Visa (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)