O pagamento por aproximação (NFC) no Brasil registrou aumento de 46,5% no terceiro trimestre, chegando a R$ 376 bilhões, contra R$ 256,5 bilhões no mesmo período de 2023. Foram 6,1 bilhões de transações com essa tecnologia entre julho e setembro deste ano, aumento de 33%. Ou seja, são 2,8 milhões de pagamentos com NFC realizados por hora no País. O NFC responde por 65% do total de transações presenciais com cartão. O marco foi atingido em setembro deste ano. A participação do NFC aumentou 12,7 p.p. em um ano, contra 52,3% no mesmo mês de 2023.
A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), responsável pela coleta dos dados que foram apresentados nesta quinta-feira, 7, estima que até o fim do primeiro semestre de 2025 o market share do pagamento por aproximação represente 70%.
A maioria dos pagamentos por aproximação são feitos com cartão físico (73%). Já 32% das pessoas usam o celular. E, na lanterna, os relógios inteligentes são a preferência de 1% dos brasileiros.
Vale dizer, no entanto, que, em setembro de 2023, 81% usavam o cartão físico contra 26% com o celular. Ou seja, o dispositivo móvel está ganhando espaço. O relógio se manteve em 1%.
Dados da Abecs sobre compras não presenciais
As compras remotas com cartões também registraram altas consistentes no terceiro trimestre, alcançando R$ 246 bilhões em valores transacionados, aumento de 15% na comparação com o mesmo período de um ano antes, quando chegaram a R$ 212,3 bilhões.
O cartão de débito mantém crescimento forte de 6,9%, chegando a R$ 4,1 bilhões. A tarjeta vem ganhando espaço nos últimos cinco anos e registrou neste tempo aumento de 427,8% (3T24 x 3T19). A título de comparação, o já consolidado cartão de crédito teve aumento de 186,6% no mesmo período.
Números gerais de pagamento
As compras feitas com cartões (de crédito, débito e pré-pago) atingiram o recorde de R$ 1 trilhão de valor transacionado no trimestre, aumento de 10,2% ano contra ano. No acumulado de janeiro a outubro, o montante chegou a R$ 3 trilhões e a expectativa da Abecs é que até o fim do ano o valor ultrapasse os R$ 4 trilhões.
Ao todo, o brasileiro realizou 127 milhões de pagamentos por dia no terceiro trimestre de 2024, algo em torno de 1,5 mil pagamentos por segundo e um total de 11,5 bilhões no período, incremento de 7,1% ano contra ano.
Entre as modalidades, o cartão de crédito mantém a liderança com folga, com valor transacionado de R$ 693,2 bilhões, incremento de 14%. Em seguida está o débito, que movimentou R$ 248,3 bilhões, um ligeiro declínio de 0,4%. E o cartão pré-pago somou R$ 94,1 bilhões, aumento de 14,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2023.
O cartão de crédito foi também a modalidade mais usada em quantidade de transações: 5 bilhões. Na sequência vêm o cartão de débito (4,2 bilhões), e o pré-pago (2,3 bilhões).