“Não é segredo para ninguém que nós, pesquisadores de OpenRAN, estamos olhando para as redes privativas”, afirmou o professor da Technical University of Sofia (Bulgaria), Vladimir Poulkov. Durante o 6G Briefing, evento organizado no MIS-SP nesta terça-feira, 12, o professor afirmou que o padrão de redes abertas pode endereçar os desafios da conectividade no setor privado.
O professor acredita que, com o padrão aberto, dispositivos de prateleira e estruturas baseadas em software será possível abordar com simplicidade e levar a multiconectividade entre as máquinas das empresas e seus usuários.
Em especial, Poulkov explicou que o OpenRAN pode ser uma oportunidade para diminuir as complexidades dos atuais dispositivos de rede e que têm requisitos fortes.
OpenRAN no 6G
Recentemente, a universidade búlgara fez testes com OpenRAN em:
- LTE com dados móveis, SMS e VoLTE;
- Com 5G com dados móveis nos padrões standalone (SA) e non-standalone (NSA).
A próxima etapa é o teste com 6G. Poulkov acredita que o OpenRAN pode ser a força motriz do 6G, uma vez que seu desenho é mais focado em interoperabilidade, flexibilidade, inovação, além de permitir análise da rede em tempo real e orquestração da rede com inteligência artificial e machine learning.
Contudo, o professor acredita que para usar na sexta geração, o OpenRAN tem desafios, como a garantia de segurança em interfaces de padrão aberto, um ecossistema mais complicado com múltiplos fornecedores e o consumo de energia nessas redes.
Imagem principal: Vladimir Poulkov, professor da Technical University of Sofia (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)