Na contramão de outras empresas de tecnologia, a Apple manifestou sua oposição a uma proposta apresentada por um acionista para abandonar suas políticas de DEI (diversidade, equidade e inclusão). Em um comunicado enviado à SEC, em 10 de janeiro, a empresa destacou a importância de manter esses programas, mesmo diante de uma recente onda de questionamentos legais que levou várias empresas a reavaliarem suas iniciativas.
A proposta movida pelo National Centre for Public Policy (organização conservadora independente) tem como base decisões judiciais que questionaram a legalidade das iniciativas de DEI, o que vem se tornando uma preocupação cada vez maior para os acionistas da Apple.
Apple justifica manutenção de política
Apesar de admitir que tais iniciativas podem apresentar riscos legais e financeiros, a companhia descartou encerrar suas políticas de DEI. Entre as justificativas apresentadas para a manutenção das políticas, no entanto, a Apple argumentou que sua governança corporativa já inclui um programa robusto de conformidade e supervisão ativa de riscos legais e regulatórios.
O conselho da empresa classificou a proposta como desnecessária e prejudicial, alegando que ela tentaria “microgerenciar” suas estratégias internas e comprometeria a autonomia de suas equipes.
A Apple ressaltou que apesar dos riscos, ela possui mecanismos adequados para mitigar esses desafios. A empresa também citou decisões de outras empresas, como Alphabet, Meta, Microsoft, Amazon e Ford, que reviram ou reduziram seus programas de DEI recentemente.
Essa posição ocorre em meio a um cenário de mudanças na abordagem corporativa sobre diversidade, impulsionado por decisões judiciais e pelo contexto político nos Estados Unidos. Com a proximidade da posse do presidente eleito Donald Trump, grandes empresas de tecnologia no país vêm mudando suas estratégias como um sinal de aproximação do novo governo.
