O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, apresentou um plano para implementar e avançar com a inteligência artificial tanto no ambiente público quanto privado no país. A ambiciosa ideia é transformar a economia e os serviços públicos, além de estabelecer o Reino Unido como líder global em inovação em IA. Para isso, lançou o Plano de Ação para Oportunidades em IA, onde descreve as medidas para fortalecer a infraestrutura e acelerar sua adoção na indústria.
O plano possui 50 recomendações e é estruturado em três pilares: estabelecer as bases para o crescimento da IA, impulsionar a adoção nos setores público e privado e manter a competitividade internacional do Reino Unido.
Estabelecendo as bases para o crescimento da IA
O plano introduz as Zonas de Crescimento de IA, projetadas para acelerar aprovações de planejamento e fornecer acesso a energia para data centers e outras infraestruturas de IA. A primeira dessas zonas será em Culham, Oxfordshire, sede da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido. O governo pretende replicar esse modelo em regiões desindustrializadas, criando empregos locais e fomentando a revitalização econômica.
Um novo supercomputador será construído para aumentar em 20 vezes a capacidade pública de computação, apoiando pesquisas avançadas e aplicações em IA. Esta iniciativa faz parte de uma estratégia de computação de dez anos que visa integrar computação, dados e habilidades para atrair talentos e investimentos globais.
Empresas privadas como Vantage Data Centres, Nscale e Kyndryl estão contribuindo com 14 bilhões de libras e criando 13,25 mil empregos. A Vantage Data Centres investirá mais de 12 bilhões de libras para desenvolver um dos maiores campi de data centers da Europa, no País de Gales, enquanto a Kyndryl criará um hub tecnológico em Liverpool, gerando 1 mil empregos relacionados à IA. A Nscale comprometeu-se a investir US$ 2,5 bilhões na infraestrutura de data centers do Reino Unido.
Impulsionando a adoção nos setores público e privado
O Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT) vai abrigar o Centro Digital de Governo, que será responsável por realizar testes e amplia tecnologias de IA nos serviços públicos. A proposta é ajudar a reduzir a carga de trabalho de professores, melhorar diagnósticos na área de saúde e melhorar a manutenção de infraestrutura, com a inteligência artificial auxiliando, por exemplo, identificar defeitos e buracos nas rodovias.
Mantendo a competitividade global
A estratégia do governo pretende manter o Reino Unido entre os três maiores mercados de IA no mundo. Para isso, há iniciativas como: a criação de uma Biblioteca Nacional de Dados para liberar de forma segura o valor dos dados públicos e apoiar o desenvolvimento de IA; um novo Conselho de Energia para inteligência artificial, que abordará as demandas energéticas das tecnologias de IA alinhando-se ao objetivo do governo de se tornar uma potência em energia limpa.