A 99 informou que o seu serviço de intermediação de viagens entre passageiros e motociclistas acumula 200 mil viagens em uma semana de atuação na cidade de São Paulo. O resultado do 99Moto (Android, iOS) nesta terça-feira, 21, acontece um dia após a companhia perder um segundo pedido na Justiça para atuar com o modal na capital.
Apesar disso, o serviço acumulou uma média de 30 mil corridas por dia em uma semana, sendo três em cada cinco usuários são mulheres. Os bairros que mais usaram o 99Moto foram: Capão Redondo; Itaquera; Tucuruvi; Jabaquara; Tatuapé; Itaim Paulista; Santana; Santo Amaro; Vila Sônia; Grajaú.
Com um tempo médio de viagem de 13 minutos, distância média de seis quilômetros e R$ 12 de valor médio por corrida, a 99 disse que 15 mil motociclistas foram beneficiados apenas em São Paulo, o que equivale a ganhos de R$ 2,5 milhões para os parceiros do app.
Prefeitura segue com blitzes
Por sua vez, a prefeitura de São Paulo informou que segue com as blitzes com o Departamento de Transportes Públicos (DTP) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) contra o mototáxi. Apenas nesta terça-feira, 21, foram 27 motos apreendidas, o que totaliza 170 veículos recolhidos desde a última quarta-feira, 15.
De acordo com a mais recente pesquisa Panorama Mobile Time / Opinion Box sobre pagamentos e comércio móveis, 33% dos brasileiros com smartphone no Brasil já pediram corrida de moto através de app. E 74% deles utilizaram esse serviço nos últimos 30 dias.
Histórico – Prefeitura de SP x 99
99 e Uber indicaram que lançariam o serviço em São Paulo como têm em outras cidades do País desde 2023. Mas o prefeito Ricardo Nunes rechaçou a ideia, ameaçou retirar a licença de autorização dos dois apps e baixou o decreto que proibiu as corridas com motos, devido ao receio do aumento de acidentes de trânsito na cidade.
Só depois de a administração municipal reagir, as empresas recuaram e cancelaram os respectivos lançamentos.
Na sequência do decreto, Nunes criou um grupo de trabalho capitaneado pela Secretaria Municipal de Transportes e pelo Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV) para avaliar a regularização do mototáxi. Após 13 encontros ao longo de 2023 e 2024, o GT, que teve a presença dos representantes das empresas de apps, decidiu não seguir com a regulação, pois haveria risco de aumento de acidentes no trânsito e, consequentemente, ao sistema de saúde público.
Unilateralmente e sem aval da prefeitura, a 99 lançou oficialmente o serviço na capital na segunda-feira da semana passada, 14. Como resultado, Nunes acionou a Procuradora-Geral do Município (PGM) e a CMUV para notificar a 99 e pedir a suspensão do serviço.
Na última segunda-feira, 20, a prefeitura entrou com um recurso na Justiça pedindo multa de R$ 50 milhões por desobediência, além de multa diária de R$ 1 milhão para cada dia que o serviço estiver em uso. Também obteve uma segunda vitória na Justiça contra a 99 na mesma data.
Imagem principal: Ilustração produzida por Mobile Time com IA