A App Store da Apple gera mais de 275 mil empregos no Brasil, um incremento de 56% nos últimos cinco anos, informa a empresa. Além disso, a Apple afirma que tem apoiado os desenvolvedores por meio de dez academias realizadas no Brasil que geraram 5,5 mil graduados que ajudam os profissionais a melhorarem seus aplicativos.

Os dados foram compartilhados recentemente pela companhia a Mobile Time e chegam em um momento em que a empresa passa por um processo administrativo junto ao Cade a respeito das práticas em seu ecossistema.

App Store no Cade

Instaurado no final de novembro, o processo avalia as condutas da Apple no mercado mobile brasileiro e foi pedido pelo Mercado Livre. O regulador avalia se cláusulas impostas pela Apple seriam restritivas à concorrência, o que infringiria ordem econômica.

O Cade ainda adotou quatro medidas protetivas que, se a Apple não adotasse em 20 dias eram passíveis de multa diária de R$ 250 mil. Foram elas:

  1. Informar seus usuários sobre outras formas de pagamento;
  2. Inserir em seus apps botões, links externos ou outras formas de call-to-action que possibilitem que os usuários acessem outros meios de pagamento para comprarem os produtos e serviços comercializados, aumentando as possibilidades para além das compras in-app;
  3. Distribuir seus aplicativos nativos para o sistema iOS por meio de outras lojas para além da App Store;
  4. Permitir que desenvolvedores contratem os serviços de distribuição de tal loja de aplicativos sem a necessidade de contratarem simultaneamente o sistema de pagamento interno da loja da Apple, ainda que em tais aplicativos haja a comercialização de bens e serviços digitais.

Vale lembrar que um processo similar ocorreu nos últimos anos na Europa com a introdução do Ato de Mercados Digitais (DMA), uma regulação amplamente discutida e votada pelos parlamentares europeus, que demorou quatro anos para ser implementada e que exigiu que Apple e outras grandes companhias abrissem seus mercados.

 

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