A Web3 é mais do que uma simples evolução tecnológica, é um novo paradigma que redefine a forma como nos conectamos e gerenciamos informações. Como profissional que observa de perto essa transformação, acredito que o potencial da Web3 está sendo subestimado quando limitado às criptomoedas e NFTs. Uma de suas aplicações mais promissoras – e menos discutidas – é a telefonia descentralizada, que pode revolucionar as comunicações empresariais.
O mercado corporativo já vivenciou uma mudança significativa com a chegada da telefonia em nuvem, que substituiu os sistemas legados e tem modernizado as comunicações empresariais. Ela oferece integrações fáceis com sistemas existentes, conformidade com órgãos como a Anatel e alta disponibilidade. Isso sem dizer que já entrega benefícios como escalabilidade, redução de custos e eficiência operacional – pilares que também fundamentam a Web3.
Embora a telefonia descentralizada ainda esteja em seus primeiros passos, plataformas de telefonia em nuvem disponibilizadas por algumas empresas brasileiras já oferecem vantagens esperadas no futuro da Web3. Isso significa que as organizações podem iniciar sua transição com soluções robustas e maduras, posicionando-se na próxima revolução tecnológica.
Baseada em blockchain e redes peer-to-peer (P2P), a Web3 oferece uma alternativa robusta. Com ela, cada transação – seja uma chamada de voz, vídeo ou mensagem – é registrada de forma imutável e auditável, garantindo segurança e transparência. Já identidades descentralizadas (DIDs) substituem os números de telefone tradicionais, oferecendo privacidade real e controle absoluto sobre as credenciais.
A expansão da Web3 é um movimento inevitável. Inclusive, ela já foi apontada pelo Gartner como uma das 30 maiores tecnologias emergentes que terão um alto impacto entre seis a oito anos.
Segundo o Market Research Future, o mercado de blockchain na Web3 deve atingir US$ 38,6 bilhões até 2030. Esse aumento é impulsionado pela crescente demanda por privacidade de dados, a popularização dos ativos digitais e a chegada das redes 5G e 6G, que oferecerão a infraestrutura necessária para redes descentralizadas de alta performance.
Empresas de diversas áreas já vislumbram os benefícios dessa tecnologia em suas operações diárias. No setor de serviços financeiros, por exemplo, a telefonia descentralizada garante comunicações seguras entre escritórios globais, essencial para transações sensíveis e proteção de informações críticas contra vazamentos e fraudes. Na área da saúde, a troca de informações entre médicos e pacientes pode ocorrer com total sigilo, assegurando a privacidade dos dados e o cumprimento das regulamentações de segurança exigidas.
Os e-commerces também terão vantagens, pois o atendimento ao cliente se torna mais transparente e seguro, fortalecendo a confiança do consumidor em um ambiente cada vez mais digital. Já para empresas globais, a telefonia descentralizada facilita a colaboração entre equipes geograficamente dispersas, garantindo uma experiência mais eficiente e integrada.
O futuro da telefonia empresarial Embora os desafios persistam, a oportunidade de revolucionar as comunicações empresariais torna a telefonia descentralizada uma aposta promissora no horizonte tecnológico. Empresas que agirem agora estarão na vanguarda dessa transformação, garantindo não apenas eficiência operacional, mas também uma posição estratégica em um mercado cada vez mais competitivo.
Como profissional que acredita no potencial transformador da Web3, defendo que o momento de agir é agora. A telefonia descentralizada é a prova de que a Web3 vai muito além das criptomoedas. Ela representa um salto qualitativo em como nos conectamos, trabalhamos e gerenciamos nossas informações.
O futuro está batendo à porta. Cabe a cada organização decidir se irá abraçar essa revolução ou ficar à margem. Minha opinião é clara: a descentralização é o caminho inevitável para um mercado mais seguro, eficiente e preparado para os desafios da próxima década.