Cinco anos após o lançamento de sua operação B2C, a operadora móvel virtual (MVNO) Fluke anunciou sua expansão para o segmento empresarial (B2B). A empresa passa a oferecer essa modalidade de serviço após um período de testes com cerca de 400 empresas que durou seis meses.

Entre os diferenciais do serviço B2B da Fluke destaca-se a gestão 100% digital, por meio de um portal  que permite a administração de linhas e acesso a relatórios de uso e controle financeiro. O suporte funciona somente via WhatsApp das 6h às 23h59.

Em entrevista a Mobile Time, Marcos Oliveira, CEO e um dos fundadores da empresa, conta que a expansão para o segmento empresarial surgiu de forma natural, visto que muitos de seus clientes B2C perguntavam sobre a possibilidade de um plano de telefonia móvel para empresas.

“Nós  já estamos há quase cinco anos trabalhando no B2C para pessoa física, e sempre aparecia alguém que queria trazer a empresa, que queria mais uma linha para uso profissional. E nós percebemos que a proposta de valor que tínhamos no B2C, quando levada para o B2B, tem uma escala maior ainda”, conta Marcos.

Serviços da Fluke para o B2B

Para o consumidor final, a Fluke oferece serviços como a autonomia de aumentar ou diminuir a quantidade de dados contratados no pacote, a pausa na continuidade do serviço e um contrato sem a necessidade de fidelidade. A ideia era passar a oferecer os mesmos serviços para as empresas. 

“Nós percebemos que a proposta que já tínhamos para as pessoas físicas, quando levada para a empresa, tem um potencial de economia e de agregar valor muito maior”, diz.

Durante o período de testes, a empresa desenvolveu a plataforma para a operação e gestão das linhas, que, de acordo com Oliveira, foram essenciais para o refinamento do serviço.

“Uma coisa que nós melhoramos com essas interações de primeiros clientes foi a gestão dos colaboradores, de como você consegue adicionar várias linhas para o mesmo colaborador”, explica.

Foi durante esse período de testes, inclusive, que surgiu a ideia para a função “férias do serviço”.

“Uma sugestão que veio de clientes é o que a gente chamou de ‘função férias’. A ideia é bloquear o chip comercial da Fluke de modo que o funcionário não faça ligações enquanto está de férias. É parecida com a função de pausa que já existia nas contas de pessoa física da Fluke”, relata.

Do lado da empresa, durante o período de ausência da pessoa não é necessário fazer o pagamento da linha. 

Outro diferencial é o Plano WhatsApp, uma solução voltada para empresas que utilizam números exclusivos para comunicação via o app de mensageria, permitindo manter as linhas ativas por R$ 9 ao mês.

“Muitas empresas utilizam chips para a comunicação interna dos funcionários ou para interagir com clientes e fornecedores. Em alguns casos, eles usam o WhatsApp Business”, explica. “E, pelo menos entre as empresas com as quais conversamos, a maioria contrata esse chip pré-pago, geralmente em bancas de jornal.”

De acordo com com o executivo, uma das vantagens do plano é evitar que o número seja perdido, ou que um ex-funcionário fique com todos os contatos daquele canal. 

“A solução de R$ 9 permite manter essa linha só com WhatsApp – mas também tem o Waze e o Google Maps limitado dentro desse valor.”

Por fim, o CEO da Fluke também conta que a MVNO, inicialmente, está focando em pequenas e médias empresas, que vão ter de 10 a 20 linhas. “é um público que nós entendemos que tem uma barreira de entrada um pouco menor e que talvez sejam as empresas que mais sofram com essas práticas do mercado, de fidelidades muito agressivas ou de confusão sobre as práticas de como vão ser os custos e etc.”

A meta é que até o final do ano o segmento B2B seja tão relevante quanto o B2C para a Fluke, afirma.

 

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