[Atualizado dia 31/01/2025 com informações adicionais sobre o uso em carteiras digitais] O iFood Benefícios (Android, iOS) acumulou 900 mil acessos únicos ao seu aplicativo nos últimos doze meses. A informação foi revelada por Arthur Freitas, diretor-geral da unidade de negócios da companhia em conversa exclusiva com Mobile Time.
Como app standalone e cartão próprio para os clientes do segmento corporativo que têm benefícios como vale refeição e alimentação, a plataforma tem atualmente 700 mil usuários, 4 milhões de estabelecimentos e 360 mil lojas online.
Freitas explicou que a plataforma tem avançado bastante no segmento de grandes empresas, como Pague Menos, Ambev, B3 e mais recentemente CVC e Algar. A divisão da carteira atualmente está 33% para pequenas, 33% para médias e 33% grandes companhias.
“Quatro anos depois de lançarmos o iFood Benefícios, nós crescemos 100 vezes no setor de benefícios”, disse o executivo. “Tivemos diversas fases desde o começo, mas estamos em um momento muito oportuno”, complementou.
Além disso, o uso via carteiras digitais da Apple e da Samsung registrou um crescimento de 96%, entre junho e novembro de 2024. Com isso, a companhia totalizou 100 mil usuários das e-wallets nesse período.
Regulação
Em conformidade com o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), o diferencial do iFood Benefícios é que a plataforma opera em regime aberto, ou seja, o cartão pode ser usado em qualquer restaurante que tenha maquininha de cartão, além de ter taxas menores por transação para bares e restaurantes (2% a 3%). Diferentemente dos incumbentes do setor que trabalham com um circuito fechado de estabelecimentos credenciados no qual o beneficiário pode usar o benefício e as taxas são mais altas (7% a 13%, aproximadamente).
Ainda assim, a companhia espera um salto a partir da vindoura regulação da interoperabilidade que dará ao trabalhador enquadrado no PAT o poder de escolher qual benefício usará. De acordo com um estudo da LCA encomendado pelo iFood, a nova regulação pode trazer uma série de vantagens, como:
- Trazer uma economia de R$ 5,21 bilhões para bares e restaurantes com taxas menores;
- Queda para até 2% na taxa para todo o ecossistema;
- 1,7 milhão de trabalhadores podem ser beneficiados com as novas regras do PAT, sendo que 23,4 milhões de brasileiros são apoiados pelo programa.
Vale lembrar, o PAT foi atualizado em outubro de 2024 por meio de portaria do Ministério do Trabalho (1.707/2024) com a criação da portabilidade de benefício, agora aguarda uma regulação do tema.
RH
Apesar da expectativa com a regulação, Freitas explicou que a companhia tem atuado para continuar com a relação próxima e relevante junto às áreas de recursos humanos das empresas, uma vez que são elas quem contratam os benefícios.
“Temos investido muito em construir uma comunidade e ficar próximo do RH. Fazemos investimento com artigos para RH no hub Acrescenta, acompanhamos e levamos profissionais para eventos dentro e fora do Brasil e estamos próximos no dia a dia”, disse, ao complementar que a plataforma de gestão de benefícios do iFood Benefícios para empresas ajuda na economia de tempo com gestão, como fácil carregamento e distribuição de cartões.
M&A e spin-off, hoje não
O executivo descarta no momento a possibilidade de adquirir empresas ou mesmo um spin-off do Benefícios fora do iFood. A prioridade é crescer organicamente e fazer parcerias, como realizou para conectar o sistema de folha de pagamento com a LG (Lugar de Gente, sem relação com a fabricante sul-coreana) e conectar com o sistema de benefícios do iFood para fazer a distribuição aos funcionários.
Sobre spin-off, Freitas explicou que é importante para sua divisão continuar dentro do iFood, uma vez que tem a vantagem de ter a relação com restaurantes e todo arcabouço tecnológico da holding.
O app standalone do iFood Benefícios tem uma conexão com o app principal do iFood: “Chamamos essa conexão de ‘account link’. As pessoas conseguem conectar as contas (iFood e iFood Benefícios). Com isso existe uma conexão de ofertas do iFood dentro do app do Benefícios e o usuário pode visualizar o saldo do Benefícios dentro do app do iFood. Isso ajuda muito na facilidade de uso do produto dentro do app”, disse.
Além disso, o diretor-geral da unidade de negócios explicou que o usuário do iFood Benefícios passa a ter uma relação maior com a marca principal, pois antes o trabalhador “só pedia” e depois passou a “pedir e ter um cartão do iFood com bandeira Elo”. Como resultado, o usuário tende a gastar mais e aumentar a relação com iFood e até fazer pedidos adicionais que antes não fazia: “A base do iFood Benefícios é bem relevante dentro do iFood em termos de comportamento. Porque ajudamos o colaborador a comer na rua e pedir dentro do nosso aplicativo”, conclui.
