A rede celular privativa (RCP) da Claro/Embratel para a Usiminas em Ipatinga/MG tem uma infraestrutura combinada com a rede pública na cidade, explica Alexandre Mello, diretor de vendas corporativas para a operadora em Belo Horizonte. Além disso, há uma combinação de frequências para garantir cobertura 4G e 5G nos sete quilômetros quadrados da siderúrgica.
Em desenvolvimento com equipamentos da Huawei, fornecedor usado pela Claro para a região do Vale do Aço, em Minas Gerais, a rede vai utilizar cinco frequências, incluindo a industrial pedida junto à Anatel e a da rede pública da operadora. São elas: 700 MHz; 1,8 GHz; 2,1 GHz; 2,6 GHz; 3,5 GHz.
A ideia das companhias é ter múltiplas frequências para diferentes aplicações. Mas Mello explicou que o mais importante é que a Usiminas terá um core de rede dedicado dentro da planta, o que garantirá principalmente o acesso em ambientes fechados (indoor).
Com cobertura outdoor (externa) e indoor, a ideia é permitir que milhares de equipamentos sejam conectados à rede, o que inclui desde sensores como carboxímetros (monitoramento de monóxido de carbono), capacetes conectados, câmeras inteligentes e monitoramento de ativos.
Os principais objetivos da Usiminas com a rede privativa são trazer ganho de produtividade e inovação nas atividades da siderúrgica e garantir mais segurança à planta, inclusive com a criação de cercas eletrônicas. Essa aplicação tem como intuito identificar se as pessoas que transitam ali estão devidamente autorizadas em áreas específicas da usina de aço.
Próximas etapas da Usiminas
Mello compara a construção da rede da Usiminas com montagem da turbina do avião em pleno voo. Diz que esta jornada é de mão dupla, com engenheiros da Usiminas e da Claro/Embratel desenvolvendo a arquitetura da rede, além da equipe de inovação do Claro BeOn, que ajuda a encontrar as melhores aplicações para o espaço.
Para a próxima etapa do projeto, a Usiminas deve construir outra rede privativa em Cubatão/SP. Isso deve ocorrer ainda em 2025, mas não está confirmado.
Vale lembrar, o Brasil possui mais de 400 redes celulares privativas, segundo o Mapa de Redes Celulares Privativas elaborado pelo Mobile Time em junho de 2024.
Imagem principal: Ilustração produzida por Mobile Time com IA