Durante a cúpula sobre inteligência artificial Sommet por l’action sur l’IA, que se encerrou nesta terça-feira, 11, em Paris, 61 países assinaram uma declaração por uma inteligência artificial “sustentável para as populações e o planeta” e por uma tecnologia “aberta”, “inclusiva” e “ética”. Reino Unido e Estados Unidos não assinaram o documento.
Entre os signatários estão os coorganizadores do evento, França e Índia (coorganizadores do evento), Brasil, além de Canadá e China.
Os primeiros signatários defenderam a governança da IA por meio de “um diálogo global” e alertaram contra “a concentração do mercado”, de modo que essa tecnologia se torne mais acessível. “Tornar a inteligência artificial sustentável para as populações e o planeta” também foi citado como uma de suas prioridades.
A cúpula sobre IA, iniciada na segunda-feira, 10 de fevereiro, em Paris, reunindo líderes políticos e executivos do setor de tecnologia no Grand Palais, foi marcada nesta terça-feira pelo discurso contundente do vice-presidente americano JD Vance. Ele denunciou uma “regulação excessiva” que “poderia matar uma indústria em plena ascensão”. Antes de deixar o Grand Palais para almoçar no Palácio do Eliseu, Vance também alertou contra parcerias com “regimes autoritários”, em uma referência velada à China.
Os 61 países formalizaram a criação de um observatório do impacto energético da inteligência artificial, que será liderado pela Agência Internacional de Energia, além de uma coalizão por uma IA sustentável, reunindo as principais empresas do setor. Em resposta às ambições norte-americanas, Emmanuel Macron enfatizou a “necessidade de regras” e de um “marco de confiança” para acompanhar o desenvolvimento da IA. “Precisamos dessas regras para que a IA avance” e “precisamos continuar promovendo uma governança internacional da IA”, afirmou ele no encerramento da cúpula.