A Vocom, operadora de telefonia em nuvem do grupo C&M, planeja o lançamento de sua operadora móvel virtual (MVNO). Em conversa recente com Mobile Time, os executivos da empresa confirmaram que a expectativa é lançar a MVNO no segundo semestre de 2025.

Segundo Leandro Motta, COO do grupo, a ideia é que a operadora virtual seja multirredes para ter cobertura nacional ampla e sem gargalos e em regime de credenciada junto à Anatel. Para isso, o executivo confirmou que tem conversas avançadas com três das quatro grandes operadoras nacionais – considerando a Algar ao lado de Claro, TIM e Vivo.

Com a MVNO, a holding quer atender o mercado B2B, em especial para complementar sua oferta de comunicação unificada e atendimento. Além da oferta de telefonia em nuvem, a Vocom oferece PABX em nuvem, comunicação automatizada via WhatsApp e aplicativos white label; a empresa também tem com a C&M soluções de contact center e customer experience, sendo um dos principais parceiros de ofertas da GoTo no Brasil.

Motta afirmou que a ideia é lançar a operadora virtual “bem madura e testada” com a oferta de PABX em nuvem (para postos de atendimento remoto de contact center e reuniões corporativas, por exemplo). Posteriormente, os executivos trabalham com a possibilidade de criar operadoras via white label para empresas, o que incluiria chip SIM/eSIM, app e todo o design (look and feel) voltado para o seu cliente.

“Todos os negócios da C&M se conversam e com a MVNO não será diferente”, disse o COO. “Nós estamos buscando apenas ‘amarrar os pontos’ das nossas ofertas para os clientes”, completou.

Vocom no M2M e modelo de negócios

Também está no radar, em um segundo momento, o avanço para o mercado de machine-to-machine e Internet das Coisas, como explicou o CEO do Grupo C&M, Emerson Carrijo. Com isso, a Vocom considera uso tanto de chip SIM físico como eSIM, inclusive usando seu escritório em Shenzhen, China, para intermediar a criação de módulos específicos para seus clientes.

Ou seja, os clientes de comunicação unificada são o greenfield para o grupo, pois não existem tantas MVNOs que atuam neste segmento. E o brownfield seria o M2M, uma vez que tem players que atuam neste mercado, mas o C&M vê que a Vocom tem potencial para atrair clientes de sua carteira que usam essas tecnologias. Mas o CEO reforça que serão apenas “projetos especiais” e “customizados” em M2M/IoT.

Carrijo explicou ainda que a ideia é atuar com ofertas customizadas para o B2B. Embora a MVNO da Vocom terá ofertas de prateleira. A ideia é flexibilizar os valores e as ofertas de dados para os clientes que desejam escalar seus negócios, como uma ampliação de linhas para o PABX na nuvem.

Atualmente, o Grupo C&M tem 6 mil clientes, sendo que 3 mil deles são fidelizados (com contrato perene). A maioria deles são de pequenas e médias empresas que precisam de solução de atendimento.

Os executivos também cogitam criar uma operação da MVNO para atender seus clientes nos Estados Unidos.

Internacionalização da C&M

Além da MVNO, o grupo C&M também pretende explorar sua internacionalização a partir dos Estados Unidos. Carrijo explicou que a companhia está há dois anos na Flórida, mas estava atendendo clientes do Brasil que foram para o exterior. Agora, a ideia é ir para campo aberto e começar a captar clientes locais.

Como potenciais clientes, a holding mapeou empresários latinos e brasileiros que precisam de soluções de comunicação unificada. Para isso, fará uma ação com camarote para 24 executivos no Miami Open, um dos principais eventos de tênis dos EUA que acontece em 19 de março e é conhecido por ser usado para estreitar a relação entre fornecedores e clientes.

Segundo o CEO do Grupo C&M, a proposta é mostrar para os executivos as soluções que possui em seu portfólio. Uma delas é a recepcionista automatizada com inteligência artificial.

 

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