“Temos expectativa de que a tributação sobre dispositivos na reforma (tributária) que está sendo desenhada leve em consideração que o dispositivo é um habilitador da inclusão digital”, disse o CEO da Vivo, Christian Gebara, em coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros da companhia, nesta quarta-feira, 26.

Ao ser perguntado sobre o tema, Gebara argumentou que a inclusão digital da população de um país depende de três fatores: cobertura, acesso a dispositivos e letramento digital. Ele entende que a parte da cobertura a Vivo está cumprindo: ao fim do ano passado eram 504 cidades com sinal 5G da operadora.

No quarto trimestre do ano passado, 92% dos smartphones vendidos pela Vivo eram 5G. O preço do modelo mais barato está em R$ 1.079 e vem caindo ano a ano, em razão de ganho de escala e eficiência operativa dos fabricantes, mas poderia ficar ainda mais acessível se houvesse uma redução da carga tributária sobre a fabricação dos aparelhos. Cerca de 20% da base móvel da Vivo é 5G. No pós-pago, a penetração supera 30%.

A receita da Vivo com venda de aparelhos cresceu 13% no quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de R$ 1,04 bilhão para R$ 1,18 bilhão.

Receitas móveis da Vivo

A Vivo adotou em seu balanço desde o terceiro trimestre de 2024 uma nova medida para monitorar o faturamento por cliente: a receita média mensal por CPF, que inclui todos os serviços e produtos da empresa consumidos por cada pessoa, sejam fixos ou móveis. No ano passado, esse valor foi de R$ 62,3.

A receita com serviços móveis cresceu 8,4% em 2024, totalizando R$ 36,7 bilhões, puxada pelo avanço de 10,1% no faturamento com planos pós-pagos, que alcançou R$ 33,2 bilhões. Um dos principais fatores para o crescimento foi a migração de clientes pré-pagos para planos controle. Enquanto a base pós-pago passou de 62 milhões para 66 milhões em um ano, a base pré-paga diminuiu de 37 milhões para 36 milhões no mesmo intervalo.

A ilustração no alto foi produzida por Mobile Time com IA

 

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