O uso de conexões satelitais por meio da rede móvel para projetos de Internet das Coisas deve ser focado em “pontos de deficiência de conectividade”, como explicou o CIO do Grupo São Martinho, Edi Fiori.

Durante o Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nesta quarta-feira, 19, o executivo detalhou que a escolha da tecnologia não pode ser o padrão, mas adotada apenas em casos excepcionais, como em regiões em que a cobertura móvel (pública ou privativa) não chega.

Por sua vez, Paulo Spacca, presidente da Abinc, afirmou que a escolha por usar ou não satélite como complemento às redes móveis depende muito do “modelo de negócios” que uma companhia tem para usar esta tecnologia em suas comunicações.

Ainda assim, Spacca disse que a conexão satelital começa a ganhar força no Brasil. Deu como exemplo o fato de que sua associação tem “quatro empresas de nano satélites” como membros e todas são estrangeiras (espanhola, norte-americana, francesa e australiana).

André Martins, CEO da NLT Telecom, afirmou que o preço ainda é o que trava os projetos envolvendo satélites e redes móveis para IoT. Como líder de uma operadora móvel virtual para IoT que oferece satélite como parte de seus serviços em parceria com a Skylo, o executivo reforçou que este tipo de conectividade é para ações específicas.

Martins detalhou que tem projetos em que a cobertura móvel, pública ou privativa, não chega. Mas isto é uma parcela menor do parque que precisa de conexão. Exemplificou com um projeto de conectividade IoT para uma concessionária de energia em que 2% a 3% dos equipamentos precisarão de satélite por não ter rede celular.

“Obviamente devem existir alguns pontos fora da cobertura de rede. Portanto, se for um ou outro (dispositivo), tudo bem, cabe no orçamento”, afirmou o executivo da NLT. “Mas fazer projeto massivo com IoT satelital não faz sentido (pelo preço)”, finalizou.

Imagem principal: Edi Fiori, CIO do Grupo São Martinho (foto: Galeria Marcos Mesquita/Mobile Time)

 

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