O celular liderou as transações de pagamento por canal (excluindo aquelas com dinheiro físico) em 2024 com um total de 59 bilhões de operações, um aumento de 45% contra 40,5 bilhões de transações em 2023. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) a partir das estatísticas de varejo e cartões no Brasil que foram disponibilizadas pela primeira vez nesta quarta-feira, 9.
O Internet Banking apareceu na sequência com 7,3 bilhões, um crescimento de 24% contra 6 bilhões do ano anterior. Juntando o celular com o internet banking, o regulador afirma que os dois canais remotos movimentaram R$ 63,2 bilhões em 2024, um aumento de 5% contra R$ 60 bilhões de um ano antes.
Uma ressalva do BC é que apesar de mobile e internet banking estarem presentes no cotidiano do brasileiro, os canais mais tradicionais (agências e postos tradicionais; correspondentes bancários; caixas eletrônicos (ATM); postos cooperativos e centrais de atendimento) respondem por 45% do volume transacionado.
O regulador revela ainda uma queda de 9% na base de ATMs no Brasil, de 168 mil para 153 mil. Esse recuo acontece em todos os estados.
BC: transações no digital e NFC
As operações com cartão de débito por aproximação (NFC) respondem por 45% do total de transações com esta tarjeta no quarto trimestre de 2024, uma alta de 10,5 pontos percentuais ante 34,5% do mesmo período em 2023.
Por sua vez, as transações com cartões de crédito contactcless responderam por 34,5% do total transacionado no quarto trimestre de 2024, um incremento de 5,5 p.p contra 29% de um ano antes.
Ainda de acordo com o regulador financeiro, o valor transacionado com cartões de crédito em operações não presenciais (online) representou 27% do total do volume de transações das tarjetas de crédito no último trimestre de 2024. Por sua vez, o débito online correspondeu a 4,5% do total desse arranjo.
Geral
No total das operações financeiras brasileiras (novamente excluindo o dinheiro físico), o BC contabilizou 138 bilhões de operações, um aumento de 26% contra 109 bilhões de um ano antes. Em montante financeiro, o crescimento foi de 15,5%, de R$ 101 trilhões para R$ 117 trilhões.