Os governos do Brasil e do Chile assinaram um memorando de entendimento voltado para a cooperação em inteligência artificial entre os dois países nesta terça-feira, 22. Um dos principais pontos do documento é a construção de um modelo de IA latino-americano focado na inclusão de diversos idiomas e expressões culturais da região.
Assinado pela ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) do Brasil, Luciana Santos, e pela ministra chilena de Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação, Aisén Etcheverry, o texto ainda traz outros pontos de iniciativas bilaterais em IA, como:
- Cooperação em computação de alto desempenho para o desenvolvimento e pesquisa de modelos de IA, em especial na área científica;
- Cooperação acadêmico-científica com eventos e intercâmbio para acadêmicos e pesquisadores;
- Promoção de diálogo e intercâmbio para desenvolvimento de modelos e sistemas interoperáveis, assim como marcos regulatórios e políticas públicas que facilitam o desenvolvimento da IA na América Latina.
Para essas ações, o memorando visa ainda a criação de um grupo de trabalho com três representantes de cada lado (do setor público ou privado) para coordenar ações em conjunto, promover reuniões, facilitar a articulação com outros atores, definir e examinar programas de trabalhos anuais.
O memorando em IA é um dos 13 acordos bilaterais firmados durante a visita do presidente chileno Gabriel Boric ao seu par brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira em Brasília.
Histórico e PBIA
A semente desses acordos foi plantada em agosto de 2024, em uma visita de Lula e Santos a Boric e Etcheverry em Santiago. Entre os dois governos, a IA é vista como um dos pontos estratégicos. Em especial, os líderes veem sinergia entre o Plano Nacional Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) e a Política Nacional de Inteligência Artificial 2021-2030 do Chile.
Imagem principal: ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil, Luciana Santos (direita); ministra de Ciência, Tecnologia, Conhecimento e Inovação do Chile, Aisén Etcheverry; presidente chileno Gabriel Boric (crédito: Ricardo Stuckert/PR)