Quero compartilhar com vocês uma solução em mobile marketing de comunicação e informação que pode representar uma evolução semelhante à introdução do SMS, que é o código de barras 2D, ou QR Code (acrônimo do inglês para Quick Response), e algumas considerações sobre o mercado brasileiro e exemplos de usos práticos.

No nosso país, o mercado publicitário e de telefonia móvel são “sui generis”. O brasileiro adora ver televisão. Temos uma enorme audiência que é imbatível quando se deseja atingir as classes C e D, devido ao baixo custo para alcançar mil impactos. Entretanto, nos últimos anos, as mídias segmentadas e dirigidas começaram a ganhar mais share de mercado. Esta é uma tendência irreversível. Os investimentos publicitários em internet, por exemplo, têm crescido a taxas de 30% ao ano.

O mercado de celulares no Brasil também é singular: se por um lado constituímos enorme contingente de celulares pré-pagos (80%) que fazem poucas ligações, por outro temos um enorme crescimento de novos usuários de dados e até de smartphones.

A conjunção de novas mídias segmentadas aliada ao grande crescimento de celulares com dados vão propiciar o desenvolvimentos de vários serviços adicionais. Um deles é o QR Code. Esse código serve de ponte entre o mundo impresso e o mundo digital. Pode aparecer em revistas, jornais, outdoors, anúncios de TV, embalagens em geral, ingressos de cinema etc.. Basta ler o código com seu celular e você irá receber uma quantidade variada de informações: ir para um site, fazer uma compra ou fazer uma singela ligação sem ter que teclar. É acesso imediato!

Em países mais desenvolvidos os QR Codes têm tido um crescimento exponencial. Segundo dados do relatório ScanLife, da ScanBuy empresa especializada em QR Codes, o número de QR Codes lidos em celulares aumentou mais de 800% em 2011. Atualmente na plataforma ScanLife é lido mais de um QR Code a cada segundo!

Uma aplicação prática deste mecanismo para empresas foi desenvolvida pela loja inglesa de varejo Tesco. Ela queria ampliar sua posição no mercado sul-coreano, mas sem abrir novas lojas. Para isso, criou um supermercado virtual de compras digitais em estações de metrô. Telões foram projetados nas plataformas de metrô exatamente iguais às prateleiras dos supermercados, repletas de produtos, ou melhor, de imagens de produtos, todos devidamente etiquetados com QR codes. Os passageiros do metrô podem usar seus smartphones para ler o QR Code de cada mercadoria exposta e encher seu carrinho de compras online. A entrega é feita diretamente na casa do consumidor.

No Brasil podemos citar dezenas de aplicações úteis para compradores e vendedores em diferentes setores:

  • As indústrias farmacêuticas podem enriquecer suas bulas de remédios de modo inteligível para seus consumidores.
  • Os lojistas podem divulgar seus produtos, preços e promoções com banners, flyers, vitrines, ou em mídia externa, como metrôs e ônibus, onde os clientes podem fazer compras sentados enquanto viajam tranquilamente .
  • Em serviços, pode ajudar na consulta da programação de TV paga ou até mesmo de dados de um imóvel à venda sem ter que digitar nada.


Com QR Code, as vendas por internet poderão aumentar mais de 100%, tal como no caso da Tesco na Coréia. O melhor de tudo: é fácil e barato criar um código. Basta acessar um serviço on line como o ScanLife da ScanBuy, o Maestro da SparqCode ou o Qurify! e digitar o texto, informações ou URL e o conteúdo será inserido no código.

Chegou a hora do Brasil para os QR Codes. Já estamos grávidos: procure seu enxoval e boas ofertas!

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!