A Akcela, empresa brasileira que distribui com exclusividade no País a solução de gerenciamento de terminais (MDM, na sigla em inglês) da norte-americana Zenprise, estima que sua base de usuários vai quintuplicar em 2012. Atualmente, cerca de 20 mil dispositivos móveis (celulares, smartphones e tablets) utilizam a solução de MDM da Zenprise no Brasil por meio de aquisição direta de licença com a Akcela. No fim do ano que vem, esse número deve alcançar 100 mil, prevê o presidente da Akcela, Sergio Fabossi. A explicação, segundo o executivo, está no aumento do uso de aplicações móveis corporativas no Brasil, como automação de força de vendas e BI móvel, o que gera a necessidade de gerenciar os terminais dos funcionários. Entre os atuais clientes estão o Bradesco e a Totvs.
A Akcela vende uma licença perpétua da solução de MDM e oferece um suporte ao software, que é renovado anualmente. Em outra frente, a empresa fecha acordos com desenvolvedores locais interessados em prestar serviço de gerenciamento de terminais usando ferramentas da Zenprise. É o caso da Navita e da Binário, que incluem ferramentas da Zenprise como parte de uma solução maior que é vendida como serviço para o mercado corporativo. Os números apresentados por Fabossi não incluem os clientes dessas empresas parceiras.
A solução provida pela Akcela permite gerenciar a segurança dos dispositivos móveis corporativos, implementando políticas próprias dos clientes para acesso a informações e a determinadas aplicações em mobilidade. Os apps corporativos ficam hospedados em servidores do cliente, como se fosse uma app store privada, que é acessada pelos celulares através de um túnel de comunicação criptografada, descreve Fabossi. Atualmente, a Enterprise Mobile Manager contempla os sistemas operacionais BlackBerry, Android, iOS, Symbian e Windows Mobile. O Windows Phone deve ser incluído no primeiro semestre de 2012.
América Latina
O acordo entre Akcela e Zenprise permite que a empresa brasileira venda o software em outros países da América Latina. A possibilidade está em estudo. A ideia seria manter uma base no Brasil e trabalhar com parcerias locais em países estratégicos no resto da região ao longo de 2012. "Bateremos o martelo sobre isso em janeiro", disse Fabossi.