A comunicação móvel é um dos grandes vetores da transformação digital, que será potencializada a partir do ano que vem, quando o 5G entrar em escala comercial. Com essa nova realidade conectada, soluções orientadas à experiência do usuário passaram a ser cruciais para provedores de aplicativos, que buscam entregar a máxima usabilidade, em interfaces leves, intuitivas e funcionais para diferentes tipos de dispositivos e conexões.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) registrou mais de 234 milhões de acessos móveis à Internet no Brasil em 2020. É inegável que parte dessa estatística é atribuída ao trabalho remoto, modalidade que cresceu com a pandemia, aumentando a demanda por soluções que permitissem a realização de atividades online, sem prejuízos para as operações.

Pesquisa da instituição comercial sem fins lucrativos Mobile Ecosystem Forum (MEF), em parceria com a On Device Research, realizada em janeiro deste ano com 6,5 mil brasileiros, aponta que 66% dos trabalhadores do Brasil aderiram ao uso de smartphones pessoais para realizar tarefas profissionais, número 5% maior que o registrado em 2019.

Mas utilizar o telefone móvel para o trabalho não é exatamente uma novidade, e mesmo antes da pandemia, ainda em 2018, estudo da consultoria Deloitte mostrava que, de cada 10 brasileiros, nove já utilizavam o celular para alguma atividade laboral fora do escritório e do horário de expediente.

Com a modernização das tecnologias de comunicação mobile, a tendência é que dispositivos móveis, sobretudo telefones, sejam cada vez mais adotados como ferramenta de trabalho, apoiando a realização de tarefas no modelo híbrido que deve permanecer no “novo normal”.

Dispositivos dedicados ou BYOD?

Hoje é possível rodar aplicações de workplace em equipamentos intermediários e de custo acessível, sem perda de tempo ou produtividade. Mas, se por um lado, a liberdade de acessar o escritório remotamente e em qualquer hora e lugar mantém a produtividade e garante a continuidade das operações, por outro, traz desafios em relação à forma como arquivos e aplicações são acessados e compartilhados.

Outro ponto de atenção é a segurança dos dados corporativos, que saíram dos data centers internos para múltiplas nuvens e passaram a circular fora dos ambientes protegidos de rede, especialmente quando o colaborador utiliza o próprio equipamento (BYOD).

Nesse sentido, as organizações vêm apostando na utilização de terminais próprios, configurados para o trabalho remoto, com acesso monitorado e aplicações direcionadas à função ou necessidade do usuário, padronizando processos e permitindo maior controle por parte dos gestores, inclusive, sobre a performance de cada colaborador.

Deste modo, as organizações conseguem prover a melhor experiência ao usuário nas atividades remotas, dentro do ambiente digital da empresa e com regras de acesso e segurança pré-estabelecidas por ela, de acordo com o modelo de negócio, compliance e aderente à área de atuação de cada usuário.

Somado a isso, no caso de perda ou extravio de um dispositivo, existem aplicativos de rastreio que em muitos casos levam ao resgate do equipamento. Mas, caso o dispositivo não seja recuperado, há softwares que “zeram” o aparelho à distância, ou bloqueiam seu acesso às redes, garantindo a integridade de informações críticas.

 

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