Na Era da Informação, preocupar-se com a segurança dos dados dos clientes é mais do que uma postura estratégica das empresas: é uma necessidade de mercado. Isso porque no ano de 2018 diversos países avançaram na regulação do tratamento de dados pessoais, com destaque para a atuação do General Data Protection Regulation (GDPR) da União Europeia, que influenciou o Brasil a não ficar de fora deste cenário e aprovar, em 14 de agosto deste ano, a lei brasileira de proteção de dados pessoais – lei nº 13.709.
Todo esse movimento é repercussão das preocupações da sociedade em relação à segurança que o ambiente digital oferece aos usuários. Lição aprendida com casos recentes de uso não autorizado, ou sem a devida transparência de dados pessoais, inclusive escândalos de vazamentos de informações, em que falhas de segurança permitiram que empresas como a Cambrigde Analityca acessassem os dados de usuário para traçar perfis de eleitores e o acesso irregular de hackers às informações de mais de 50 milhões de contas de uma rede social fosse possível. Esses são apenas alguns dos exemplos que reforçam a postura “security by design” nas corporações.
Mais do que as motivações legais, a perda da confiança do usuário em relação às marcas que sofrem ataques com vazamento de dados tem aumentado a cada dia, demonstrando ainda mais a necessidade de se pensar o negócio de forma preventiva, ética e transparente quando o assunto é segurança digital.
Outro aspecto de destaque é a interconexão cada vez maior dos mercados e das regulações, pois, se uma empresa dos Estados Unidos, por exemplo, realiza transações com usuários/consumidores europeus, deve seguir os padrões de segurança exigidos pelo GDPR, senão pode sofrer consequências irreparáveis, como multas de até € 20 milhões ou 4% do volume de negócios global da empresa.
Para fugir dessas dores de cabeça e ficar sempre à frente, lembre-se: no ambiente digital, as fronteiras são relativizadas e as transações realizadas em milésimos de segundos, se as empresas querem continuar realizando negócios globais é preciso aplicar as melhores práticas de segurança digital!