Nas últimas décadas, o desenvolvimento de aplicativos mudou profundamente o modo como os serviços são entregues por meios digitais e as plataformas no code e low code ganharam significativamente a preferência das empresas que buscam ser rápidas na criação destes serviços via aplicativos.

A programação livre de código está se tornando o padrão e está mais acessível aos pequenos negócios. Para as startups é uma grande vantagem devido ao time-to-market.

A ideia aqui é olhar de perto o que esses termos no code e low code significam, como eles se diferenciam e quais são os benefícios de se investir no desenvolvimento de baixo código de aplicativos.

Low code e no code são duas abordagens que permitem que as equipes desenvolvam soluções digitais mais rapidamente e criem aplicativos com o mínimo de codificação e com mais atenção às regras de negócio.

As plataformas low code e no code mais modernas aceleram o processo de criação de apps a partir de componentes e ferramentas de código já prontos e personalizados para uma ampla gama de rotinas de desenvolvimento.

Ambos os métodos reduzem o tempo de trabalho de programação e tornam a criação de aplicativos e soluções digitais mais acessíveis à equipe de TI, mesmo que ela não tenha o mesmo conhecimento técnico ou habilidades especializadas da equipe de desenvolvedores.

Low Code: baixo código

As plataformas low code exigem pouca codificação manual e fornecem um ambiente visual a partir de ferramentas gráficas intuitivas que oferecem funções incorporadas para arrastar e soltar. O código é parcialmente gerado automaticamente, o que economiza tempo e custos, pois você pode começar a desenvolver rapidamente.

No code: nenhum código

A abordagem é semelhante ao low code, no entanto, as plataformas no code vão um passo além, pois não exigem qualquer codificação manual e oferecem uma interface ainda mais fácil para que pessoas sem conhecimento técnico possam criar aplicativos totalmente funcionais. Sem escrever uma linha de código, as interfaces visuais e as ferramentas de configuração podem fazer tudo isso.

Vários serviços de hospedagem de sites oferecem a sua própria plataforma de criação de páginas web para facilitar o trabalho do cliente que desejar ter presença na web, sem esforço.

Vantagens e desvantagem do Low Code e No Code

Ambos os métodos têm suas características e são adequados para diferentes situações.

Sobre a flexibilidade: como os desenvolvedores podem intervir parcialmente no código, as plataformas low code geralmente oferecem mais flexibilidade e controle sobre o processo de desenvolvimento. As plataformas no code, por outro lado, são mais fáceis de usar, mas oferecem menos capacidade de personalização, pois nenhum código é gerado.

Quanto à complexidade, as plataformas low code podem ser mais adequadas para aplicativos mais complexos, que exigem personalização específica. Entretanto, as plataformas no code são mais adequadas para aplicativos mais simples ou protótipos que precisam ser criados rapidamente.

 A curva de aprendizado das plataformas low code pode ser um pouco mais acentuada, pois são necessárias habilidades básicas de desenvolvimento de software e lógica de programação. As plataformas no code, por outro lado, são mais acessíveis para iniciantes.

Velocidade: os usuários podem criar aplicativos em tempo recorde porque grande parte do processo de desenvolvimento é automatizado.

Benefícios de Custo: ambas permitem criar aplicativos de maneira econômica graças aos tempos de desenvolvimento mais curtos, além de exigir menos desenvolvedores, com risco menor de erros e, além disso, a manutenção é menos complicada.

Escalabilidade: As plataformas low code e no code mais modernas incorporaram ambos os métodos de desenvolvimento, baseadas em middleware in-memory (IMM), possibilitando que os aplicativos criados sejam altamente escaláveis, podendo crescer com a empresa sem a necessidade de personalização extensiva.

Áreas de uso do low code e no code

Essas plataformas são utilizadas em uma ampla gama de setores e áreas de negócios, inclusive para atender a diversos setores das empresas no desenvolvimento de aplicações específicas internas, não destinadas ao público, mas que facilitam a operação dos negócios.

Também são usadas quando não há um aplicativo padrão de mercado para uma determinada área, para criar ferramentas complementares e extensões para seus softwares legados existentes.

Aplicações para todos os setores

As plataformas low code oferecem uma maneira rápida e econômica de desenvolver aplicativos personalizados, o que as torna atraentes para uma ampla gama de uso:

Aplicativos corporativos: os mais conhecidos são os ERPs, CRM, Chão de Fábrica, etc.

Serviços financeiros: as contas bancárias digitais são as mais conhecidas, e envolvem o gerenciamento de clientes, gerenciamento de riscos, monitoramento de conformidade e negociação, etc.

Saúde: No setor de saúde, as plataformas com pouco código podem ajudar a criar sistemas de gerenciamento de pacientes, registros eletrônicos de saúde (EHR), sistemas de agendamento e outros aplicativos médicos, entre outros.

Educação: As instituições educacionais usam plataformas low code para desenvolver sistemas de gerenciamento de aprendizagem (LMS), sistemas de gerenciamento escolar e outros aplicativos educacionais.

Governo e Setor Público: as autoridades públicas usam plataformas com pouco código para digitalizar os serviços aos cidadãos, otimizar os processos internos e fornecer portais para os cidadãos.

Varejo e Comércio Eletrônico: as empresas do setor de varejo usam plataformas com low code para criar sites de comércio eletrônico, sistemas de gerenciamento de estoque, programas de fidelidade do cliente e aplicativos de ponto de venda (POS).

Manufatura e Logística: no setor de manufatura e logística, as plataformas low code podem ser usadas para desenvolver sistemas de gerenciamento de armazéns, software de planejamento de produção e sistemas de controle de qualidade.

Low code e no code não são novidades

As primeiras plataformas de desenvolvimento low code e no code surgiram, há pelo menos 30 anos, com a denominação de RAD (Rapid Application Development), uma metodologia de desenvolvimento de software baseada em metadados executada por um motor de execução codificado que se transforma num framework.

O RAD surgiu na década de 1990 e ganhou popularidade com o advento das metodologias ágeis. Ou seja, há mais de 30 anos se desenvolve em low code e no code, mas não chamávamos eles por estes nomes.

 

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