O 5G é uma tecnologia sofisticada que promete transformar rápida e totalmente indústrias inteiras e a sociedade em si. No entanto, sua implementação bem-sucedida e, portanto, a viabilidade do mercado, depende dos níveis de segurança, confiabilidade que as redes 5G conseguirem garantir, além da experiência positiva do usuário. Assim, o sucesso só é possível com a infraestrutura certa.
A tecnologia 5G introduz capacidade de transferência de dados sem precedentes. Trabalhando 100 vezes mais rápido que a atual tecnologia 4G (LTE), o 5G atinge picos de 10 GB em segundo, transformando a maneira como nos comunicamos e interagimos com nosso ambiente.
Para entender como o 5G vai transformar nossa forma de interagir como sociedade hiperconectada, devemos considerar a curva de adoção de novos conceitos como smart cities (incluindo mobilidade e transporte), fábricas inteligentes (também conhecidas como Indústria 4.0), edifícios inteligentes e muito mais. O 5G tem a capacidade de integrar diferentes ecossistemas, dispositivos, sensores ao coletar todos os dados disponíveis, permitindo monitoramento e controle em tempo real em redes, bem como análises, relatórios e medições em tempo real. Como resultado, o 5G promete melhorias substanciais relacionadas à eficiência, segurança e proteção; e também promete lançar novos mercados e modelos de negócios, como soluções de IoT (Internet das Coisas) para consumidores e comunicação máquina a máquina.
Trata-se de um novo e empolgante passo para os Provedores de Serviços de TI e Telecom, mas que tem uma estrada repleta de desafios tecnológicos. Eles se deparam com a necessidade de complexas implementações que exigem um alto conhecimento de desenvolvimento e integração de sistemas, machine learning, DevOps, analytics, e design thinking. Todos esses esforços devem ser realizados por equipes altamente qualificadas, que utilizam as melhores metodologias de projetos e de governança, como Agile, Lean, Six Sigma, Kanban, entre outras.
Além disso, a implementação da infraestrutura 5G envolve uma atualização de hardware cara, demorada e dedicada, e é aí que as plataformas de nuvens aparecem como uma alternativa de valor. Migrar para a nuvem melhora significativamente a eficiência operacional e reduz drasticamente custos operacionais. Hoje, a nuvem está sendo adotada por todas as operadoras de telecomunicações tradicionais, criando novas arquiteturas que permitem integração e entrega contínua de serviços, funções e aplicativos. A implementação rápida de uma arquitetura sólida de CI/CD com a equipe, orçamento adequado e gerenciamento ágil de projetos é realidade.
Mas a migração para a nuvem é apenas o começo. Há outro desafio importante: como integrar, monitorar e melhorar a governança para milhares de serviços e produtos existentes, além de todos os novos modelos de negócios que o 5G permitirá para todos os segmentos de mercado.
A pergunta que se apresenta é: como estar pronto para esses desafios?
Uma vez que mais e mais empresas dependem de uma infraestrutura tecnológica, softwares e serviços associados, eles também querem ter certeza de que suas plataformas são bem planejadas, bem implementadas e altamente seguras. Para criar uma plataforma certificada, ter um ecossistema de integração em larga escala é essencial muitas vezes contar com especialistas altamente qualificados, e/ou empresas com expertise para isso, que além de especialista pode trazer um benchmark valioso, que acelera todo o processo.
A integração deste ecossistema deve fazer parte da visão, planejamento e arquitetura desde o início, e o foco principal durante a integração deve ser segurança e privacidade. Por quê? Quando as empresas tentam adicionar segurança a uma plataforma já em operação, novas implantações geralmente não atingem 100% das exigências. Problemas com segurança podem causar grandes danos a clientes e empresas que estão expostos a ameaças de cibercrime ou avarias. Isso criará uma nova era de ameaças à segurança e a maioria delas se concentrarão no âmbito da privacidade.
Paralelamente, é fundamental apostar na confiabilidade. Isso porque o usuário deve ter uma experiência confiável em todas as áreas, desde a rede até as novas experiências que o 5G proporciona. Redes de transporte 5G e redes centrais são criadas para dar suporte a serviços críticos, como fábricas conectadas, cirurgia remota, atendimento ao paciente e carros sem motorista. Todos esses serviços requerem conexão ininterrupta da rede. A arquitetura 5G é projetada para ser altamente disponível com redundância integrada em cada componente. Os níveis de confiabilidade e disponibilidade podem ser garantidos com uma arquitetura bem planejada que inclui acesso redundante à rede 5G e hardware.
Mas não é apenas a segurança e a confiabilidade que garantirão a adoção de sua tecnologia ou seu serviço. A experiência do usuário (UX) é o indicador de sucesso. Isso significa fornecer aplicativos e portais de sites que podem “ler sua mente” enquanto você navega, um canal de experiência omnichannel, com visual atraente e interativo. Isso é o que os usuários exigem, mas não é fácil para as empresas atingirem esse nível de UX.
Por isso, operadoras de telecomunicações e empresas de alta performance em geral estão incluindo design thinking e design services numa fase muito inicial de qualquer implementação, apenas para reduzir a lacuna de entendimento entre os dados fornecidos por estatísticas do sistema/negócios e percepção do cliente. As empresas podem ter um dashboard muito positivo para o desempenho da rede, mas ainda têm baixa satisfação nas pesquisas de clientes. Por isso, é fundamental que as empresas possam compreender proativamente as necessidades dos usuários e ter empatia, seguindo uma abordagem centrada no cliente.