Os avanços tecnológicos têm tornado nossa vida muito mais fácil, mas à medida que tudo se torna mais digital, o número de senhas que devemos decorar ficou bem maior. Isso pode resultar em hábitos não muito seguros, como usar uma única senha para tudo, usar algo simples, como “Senha1234”, ou deixá-las anotadas em um papel na carteira.

Os custos diários para instituições financeiras que lidam com senhas esquecidas também podem aumentar, causando inconvenientes aos clientes. Estimativas do setor mostraram que até 40% dos contatos do call center são pedidos de redefinição de senha, o que leva até 15 minutos para serem resolvidos. Felizmente, os avanços da tecnologia podem resolver esses desafios, aumentando a segurança e a conveniência tanto dos consumidores quanto dos bancos.

Uma nova pesquisa realizada com 600 brasileiros pela pela Toluna Insights, em nome da Fiserv, mostra que há espaço para melhorias nos métodos de autenticação das instituições financeiras. Embora a maioria dos entrevistados esteja satisfeita com os métodos de segurança e autenticação de sua instituição, 25% deles não estão satisfeitos nem insatisfeitos, enquanto 15% estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos.

Com isso em mente, as instituições financeiras estão buscando melhorar ou substituir a senha por outros métodos de autenticação. A chave é o que os consumidores têm nas mãos: o smartphone. Incorporado com novas tecnologias, os celulares podem se tornar a senha do usuário. Os consumidores obtêm um tipo de segurança forte e fácil de usar, enquanto as instituições financeiras impulsionam sua marca no mercado ao oferecer experiências digitais seguras e sem ruído.

A partir de um celular, existem várias opções de verificação que uma instituição financeira pode disponibilizar aos usuários, incluindo métodos biométricos, como impressões digitais, reconhecimento facial e de voz. Outras opções podem incluir combinações de PINs básicos, códigos de desenho que pedem ao consumidor para conectar pontos em um padrão exclusivo para o usuário e até mesmo a conexão Bluetooth a um dispositivo, como um smartwatch.

Ir além das senhas é conhecer o dispositivo e o usuário, além de aplicar métodos secundários de verificação como parte de uma abordagem de segurança em várias camadas. Se um cliente acessa sua conta a partir de um novo dispositivo ou apresenta características de maior risco, essas modalidades biométricas e outros fatores podem ser usados de maneiras fáceis e naturais para os usuários, evitando o acesso de hackers.

Há uma oportunidade significativa para educar os consumidores e criar confiança nesses novos métodos de autenticação. Os dados da pesquisa revelam que muitos brasileiros estão confortáveis com a autenticação baseada em impressões digitais, com 41% afirmando que se sentiriam seguros usando suas impressões digitais para se identificarem por meio de um dispositivo móvel.

Mas os percentuais dos entrevistados que afirmam que se sentiriam seguros usando reconhecimento facial (17%) e reconhecimento de voz (11%) são significativamente menores. À medida que um número crescente de instituições financeiras e outras empresas oferecem e promovem esses métodos de autenticação, os consumidores se sentirão mais à vontade com eles e a adoção provavelmente aumentará.

É importante ter em mente que o futuro do acesso e da verificação não envolve necessariamente uma quebra de senha. De acordo com a pesquisa, as senhas ainda são o método de autenticação que os brasileiros mais confiam, com 58% dos entrevistados afirmando que se sentiriam seguros usando uma senha para se identificarem através de um dispositivo móvel.

Como em qualquer novo processo, a adoção completa de métodos alternativos de autenticação levará tempo, permitindo, em última análise, uma experiência do consumidor que ofereça segurança e conveniência.

 

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