O brasileiro é ávido por novas tecnologias, e o grande número de smartphones é um exemplo claro desse entusiasmo. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, o Brasil possui mais de 280 milhões de aparelhos ativos, uma média de 1,2 aparelhos por cidadão.

Entretanto, o País está longe do ideal quando o assunto é o uso da rede 5G e Internet das Coisas (IoT). Ainda em desenvolvimento, a infraestrutura de rede existente limita a cobertura e aumenta os custos de implantação. Além disso, o ecossistema de dispositivos IoT precisa amadurecer para se tornar acessível e sólido o suficiente para aplicações que vão desde a Indústria 4.0 a smart cities.

É inegável que o Brasil ainda engatinha na implementação da IoT em larga escala, mesmo com o avanço do 5G. A conectividade entre máquinas ainda representa uma parcela muito pequena da base de dispositivos, evidenciando a necessidade de expandir a infraestrutura da rede 5G e torná-la mais robusta para suportar as demandas que a tecnologia pode atender no futuro.

É preciso também fomentar uma cultura nacional de inovação, com a participação ativa de escolas, universidades, empresas, governo e população em geral. Para desbloquear todo o potencial desta tecnologia é necessário criar um ecossistema de inovação que impulsione o desenvolvimento de soluções locais para os desafios brasileiros, capacite uma nova geração de engenheiros e incentive o desenvolvimento de startups. A mentalidade questionadora e o conhecimento técnico são o que tornarão o Brasil não só um consumidor de tecnologia, mas um líder na criação de um futuro conectado, inteligente e sustentável.

Pensando na criação e capacitação de uma geração futura voltada para a inovação tecnológica, alguns órgãos de educação já estão desenvolvendo seu método pedagógico voltado para a disseminação do conhecimento nestas áreas. Nestas instituições de ensino, os estudantes são desafiados a desenvolver sistemas que conectam o mundo físico ao digital.

Conforme os alunos vão avançando no curso, a complexidade e o impacto social dos projetos aumentam. Em sua maioria, os alunos são desafiados a desenvolver soluções que podem ser utilizadas em smart cities (cidades inteligentes), tais como projetos de otimização do tráfego, gerenciamento da iluminação pública e monitoramento da qualidade do ar.

Esses projetos demonstram a aplicação imediata da IoT e propõem uma imersão nas realidades complexas do mercado e nas possibilidades da tecnologia. É isso que ajudará a preparar os alunos para serem agentes de transformação. Essa formação não apenas capacita os alunos no uso de tecnologias de ponta, mas também os incentiva a pensar criticamente sobre o impacto social e ético das suas criações.

Por fim, para que o Brasil desbloqueie todo o potencial do 5G e da IoT, é necessário criar um ecossistema de inovação que impulsione o desenvolvimento de soluções locais para os desafios brasileiros, capacite uma nova geração de engenheiros e incentive a criação de startups. A mentalidade questionadora e o conhecimento técnico são o que tornarão o Brasil não só um consumidor de tecnologia, mas um líder na criação de um futuro conectado, inteligente e sustentável.

O uso da tecnologia 5G é um pilar fundamental para a implementação da IoT, e sua alta velocidade possibilitará a conectividade em tempo real entre dispositivos e a coleta massiva de dados. Porém, a verdadeira transformação não está apenas nas máquinas, mas na capacidade de conectar ideias, pessoas e soluções. O Brasil tem tudo para liderar essa nova era; basta saber como acelerar e construir as pontes que ainda faltam.

 

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