O IBGE divulgou nesta quinta-feira, 20, os resultados da pesquisa TIC da PNAD2017, mostrando que, no final do ano passado, moradores de 75% dos domicílios do país já utilizavam a internet. É um salto importante quando comparado com os 69% do ano anterior e um resultado acima da média mundial estimada em 54%. A adoção da tecnologia 5G e toda a nova gama de aplicações e dispositivos habilitados por essa nova geração da rede móvel deve impulsionar ainda mais a Internet no País.

As empresas fornecedoras de tecnologia têm também participado ativamente desse crescimento por meio de suas soluções avançadas, mas também trazendo ao Brasil experiências internacionais e promovendo um amplo debate, com seus clientes diretos, governos, entidades do setor e parceiros tecnológicos, no sentido de ampliar a disponibilidade e o uso da infraestrutura de conectividade. O crescimento do uso da Internet alimenta uma extensa cadeia de melhoria do ambiente social e de negócios, conforme exposto na pesquisa “Global Connectivity Index”, da Huawei.

Devemos avançar mais para reduzir os quase 18 milhões de domicílios ainda sem Internet no País. Neste sentido, três aspectos devem ser destacados nessa pesquisa e corroboram nossa visão das oportunidades e desafios a frente: em primeiro lugar, 57% dos domicílios que não usam Internet enfrentam a falta de demanda – não precisam ou não sabem usar a tecnologia; em segundo, a discrepância é evidente entre os resultados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e os do Norte e Nordeste; por fim, a infraestrutura de banda larga – tanto fixa quanto móvel – é o meio usado para levar a Internet às casas e as operadoras devem dispor de tecnologias adequadas para oferecer seus serviços com eficiência.

No sentido de melhorar o acesso da população e trazer novos usuários para a Internet, um foco de atuação das empresas tem sido o de simplificar o uso e ampliar as aplicações das tecnologias, em parcerias com universidades e centros de P&D, além da atuação comercial na promoção de tecnologias em nuvem.

Quando separamos os resultados da PNAD entre as regiões, notamos que no aspecto da demanda há certa homogeneidade: No Centro-Sul do país (regiões S, SE e CO), de 12% a 16% dos domicílios não usam Internet por não verem necessidade ou por não saberem usar, enquanto no Norte-Nordeste a proporção varia de 14% a 18%. Por outro lado, enquanto no Centro-Sul a ausência de serviço por indisponibilidade a preço adequado é a causa da falta de Internet em 7% dos domicílios, essa falta de oferta sobe para 17% no Norte-Nordeste. O degrau regional também aparece quando comparamos a penetração, tanto de banda larga fixa – 60% no Centro-Sul vs 44% no Norte-Nordeste –, quanto de móvel – 66% vs 45%.

A fibra óptica, principalmente na modalidade fibra para a residência (FTTH), tem sido a grande alavanca para o crescimento da banda larga fixa, com notável melhoria de eficiência nos processos de implantação e instalação, crescimento de velocidade e redução de custos. A parcela de FTTH cresceu de 11% para 18% dos acessos fixos com mais de 2,5 milhões de novos acessos. A banda larga móvel é usada em 59% dos domicílios e o meio de acesso mais largamente usado para as aplicações de Internet – quase 99%, segundo a PNAD TIC – é o aparelho celular.

Na perspectiva das aplicações, vemos que serviços de mensagens e chamadas estão no topo da lista. Houve um crescimento de 76% para mais de 82% das pessoas acima de 10 anos que usam a Internet para assistir a vídeos, e de 11% para 16% dos que usam as “Smart TVs” para tal. Os provedores de conteúdo e programadoras, os fabricantes de telas e TVs, as operadoras de serviços de vídeo, os desenvolvedores de tecnologias e instituições do setor se uniram numa ação conjunta, chamada de Movimento F4, uma iniciativa que tem como objetivos promover um ecossistema que ofereça serviços avançados de entretenimento, comunicação e aplicações baseadas em vídeo, Realidade Virtual e Aumentada, ao mesmo tempo em que estimula o crescimento contínuo da banda larga no Brasil.

 

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