A fotografia do ano que começa é bem parecida com a de 2024, mas ela está ainda mais nítida. O marketing digital este ano segue focado nos temas de personalização, automação, privacidade e conteúdo imersivo e, com pequenas variações, é o que também veremos no campo do mobile marketing. As empresas que conseguirem interpretar essa imagem instantânea e puderem, por meio de suas campanhas, atrair, reter, fidelizar e obter resultados recorrentes e/ou perenes serão as que vão sair bem naquela foto do final de ano: a dos resultados, crescimento e lucros.

Mas antes de mostrar como fazer a melhor fotografia panorâmica possível, precisamos contextualizar um pouco o seu cenário de fundo. Temos mais smartphones que pessoas no País, e no universo de 91,3 milhões de consumidores no comércio virtual algo como 55% deles usam seus celulares, segundo dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Resumindo: 50,2 milhões deles usam seus pequenos aparelhos para adquirir bens e serviços. Ou seja, ainda temos muito a evoluir – mas essa já é outra conversa.

O interessante é que, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva e da QuestionPro, 63% dos brasileiros querem comprar um novo celular este ano. E a equação “smartphone mais poderoso com mais pessoas migrando para o e-commerce” é verdadeira, embora seja empírica.

No entanto, temos ainda outros números que nos importam: o e-commerce movimentou R$ 204,3 bilhões no Brasil em 2024, dos quais R$ 112,3 bilhões gerados por smartphones, e com ticket médio de R$ 494,40. Para entender mais dos consumidores online, 32,5% são das classes A e B e outros 54% são da classe C, também de acordo com a ABComm.

Se cruzarmos essas informações com os dados do relatório que a Rocket Lab construiu em parceria com a Statista, que apontou gastos em apps mobile da ordem de US$ 1,73 trilha?o pelos usuários brasileiros, veremos que o pote de ouro é enorme.

A foto da mina

Agora vamos mostrar como chegar nesse ouro. Não é por acaso que os gastos com anúncios no mobile ultrapassaram US$ 327,1 bilhões em 2024 no mundo e devem chegar aos US$ 339 bilhões este ano. Investimento que é influenciado por inúmeros fatores, como o aumento do uso de dispositivos móveis e a eficácia das estratégias desenhadas. Além disso, as campanhas mobile são menos custosas e tem melhor ROI que seus equivalentes.

Para alcançar os melhores resultados, as empresas podem criar anúncios em vídeo, banners e nativos, utilizando dados demográficos, entre outros formatos e abordagens, como palavras-chave, histórico de navegação, perfil de apps utilizados, etc, para segmentar o público. Como com múltiplas estratégias coligadas: da gestão e coleta de dados por meio de ferramentas (com ou sem IA, porém, melhor ainda com ela) ao mapeamento e entendimento de tendências de consumo, passando pela criação e co-criação de campanhas (com parceiros de app growth e agências digitais), que levam a campanhas cada vez mais assertivas e com ROIs poderosos.

A aceleração dos resultados passa ainda pelo uso de diferentes plataformas mobile, sejam elas associadas diretamente aos sistemas operacionais dos fabricantes, como iOS ou Android, e suas respectivas lojas de apps, ou ao “Mundo Ads” dos Google Ads, Facebook Ads e Instagram Ads, por exemplo. Por meio dessa diversidade é possível expandir o alcance e “atingir” os consumidores com anúncios mais personalizados e voltados para os seus desejos e anseios. Por outro lado, o mercado, especialmente os fornecedores de ponta, estão cada vez mais flexíveis e fluidos, podendo ajustar as campanhas de acordo com a multiplicidade dos canais existentes, se moldando ao perfil de marcas, públicos-alvo e metas.

Ainda não totalmente explorado, como mostrei em um artigo anterior, o universo do iOS, da Apple, tem um potencial ainda mais significativo. Afinal, mesmo representando 18% dos smartphones no Brasil, seus usuários apresentam ARPU (receita média por usuário em português) e ROI mais altos, respectivamente, 1,5 a 2 vezes maior que no mundo Android, de acordo com diversas pesquisas de mercado.

Neste sentido, o canal ASA (Apple Search Ads) surge como mandatório para campanhas voltadas para esses usuários. Por meio do acesso a App Store da “maçã” e seu ecossistema, os consumidores podem fazer buscas por palavras-chave e entrar em contato direto com marcas e produtos, com a entrada de anúncios de apps que podem ser instalados de acordo com esse interesse. Ou seja, “basta” construir campanhas que façam sentido para esses clientes.

Outra tendência é o uso de soluções OEM, com publicidade e apps já embarcados nos smartphones com Android, um canal alternativo que terá um crescimento importante este ano frente às mídias e canais convencionais. Formato de distribuição que tem ganho tração na parceria entre fornecedores de soluções para mobile marketing e fabricantes de aparelhos, ampliando o leque da segmentação e formatação para os anunciantes e suas marcas.

Em resumo, para obter aquela foto panorâmica com números positivos em profusão, que citamos no início de nosso artigo, não é algo complicado, ainda mais quando se tem parceiros que entendem todas as nuances do mobile commerce. Partindo do entendimento dos consumidores e seus hábitos, até a gestão de campanhas e extração de dados para ajustes de rotas, passando pelo uso massivo de tecnologia e inovação, e chegando até a um estudo consistente do ROI. Feliz 2025 e boa foto para todos!

 

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