Infraestrutura: Nem todo 4G é igual, diz Claro

A cobertura das redes de quarta geração (4G) em telefonia celular está se expandindo rapidamente no Brasil ao mesmo tempo em que as operadoras começam a investir na evolução dessa tecnologia, com o chamado LT…

Mercado corporativo: Oi investe R$ 25 milhões em plataforma de nuvem para empresas

A Oi apresentou nesta quarta, 4, parceria com a Hewlett Packard Enterprise para oferecer a serviço corporativo Smart Cloud 4.0, uma plataforma em nuvem baseada nas tecnologias Ormuco, OpenStack, Containers e Kubernetes. A ideia é oferecer serviço que combina machine learning com inteligência artificial para simplificar projetos das empresas em TI, com virtualização. Para tanto, a companhia adicionou mais R$ 25 milhões em investimentos apenas neste ano para o serviço, valor além dos R$ 100 milhões já investidos nos últimos três anos para toda a área de TI. O montante considera investimento inicial em seis meses, além de data center em São Paulo e Brasília.

“A expectativa é de crescer o patamar em 50%”, diz a diretora de B2B da Oi, Cátia Tokoro, referindo-se a um avanço no volume de vendas de TI e dados em relação ao ano passado. “O volume de vendas já terá reflexo neste trimestre, a adoção será rápida.” Por sua vez, ela diz que o segmento de TI corresponde a metade das vendas do segmento corporativo. “A receita de cloud no segmento corporativo no segundo trimestre de 2017 em TI e dados foi 70% da receita total de (segmento de) grandes empresas”, explica.

A aposta na solução do Oi Smart Cloud 4.0 é que a plataforma simplifique a vida dos clientes, automatizando o fluxo de trabalho. “Se vai ser público, privado, no data center próprio ou da operadora, não tem importância, será um único software gerenciando todo o ambiente”, explica o diretor de TI do B2B da Oi, Luiz Carlos Faray. “O debate da nuvem pública ou privada não existe mais”, aposta.

5G: Anatel quer se antecipar e destinar faixas para 5G antes de decisão da UIT

A Anatel pretende realizar uma consulta pública no começo do ano que vem para tratar da destinação das frequências altas para 5G, as ondas milimétricas, antes mesmo da decisão da União Internacional de Telecomunicações (UIT) na conferência mundial de 2019 (WRC-19) sobre o espectro a ser utilizado na quinta geração. Segundo o conselheiro da agência, Igor de Freitas, a possibilidade de antecipar o cronograma global com faixas como 26 GHz e 40 GHz, modificando a canalização, está atualmente na agenda da autarquia. “Acho que daria para discutir isso já no primeiro semestre do ano que vem, temos matéria em pauta trabalhando isso já”, declarou ele a este noticiário.

Ele reconhece que há risco em se antecipar com essa “gestão de espectro mais ousada”, mas que há a percepção para a indústria móvel que convém essa movimentação para chegar à WRC-19 com “decisões próximas de serem tomadas ou já liberadas”, disse mais cedo, durante debate na Futurecom desta quarta-feira, 4. “Nessas faixas, você poderia oferecer 200 MHz para cada empresa, e aí a capacidade cresce muito. São faixas sensíveis, mas a regulamentação da Anatel são com canalização, potência, altura de antena, compatíveis com (mercado de) 10, 15 ou 20 anos atrás”, disse.

Freitas diz que não acredita que 28 GHz deva ser uma faixa a ser trabalhada no Brasil (até porque está destinada a uso de satélite em banda Ka), mas que nas faixas de 26 GHz e 40 GHz é possível a convivência de serviços de transmissão de enlaces de ponta a ponta com o serviço para usuário final. “Além de destinação, (a ideia é) estudar formas de uso, explorar alocação dinâmica e compartilhamento de espectro”, aponta. A questão dessas faixas já deverá ser pauta da reunião do conselho diretor nesta quinta-feira, 5, embora ainda sem decisão definitiva de encaminhamento. “Mas se o conselho entender que cabe, (espera-se) seguir adiante nesta linha.”

Apps: Futurecom

A Futurecom (Android, iOS) 2017 está chegando ao fim. Mas para os usuários do Mobile Time que vão ao último dia do evento nesta quarta-feira, 4, vale lembrar que o aplicativo ainda está disponível para seu us…

Internet das coisas: Oi apresenta geladeira conectada

A Oi, em parceria com a Konker, apresentou na Futurecom uma geladeira conectada para ser usada pelo varejo, para controle de estoque e monitoramento da qualidade dos produtos disponíveis. A solução consiste na instalaç&ati…

Inteligência artificial: Futuro com robôs não será apocalíptico, diz professor da UFRGS

A entrada dos robôs na indústria não será prejudicial aos empregos dos humanos, assim como não haverá um apocalipse com os robôs superando as pessoas. Essa é a visão do professor Edson Prestes, especialista em robótica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que visualiza as máquinas como substitutos de atividades puramente mecânicas.

“Os robôs vieram para ficar e para melhorar a vida das pessoas. Não existe essa história de apocalipse robótico”, diz o professor da UFRGS, Edos Prestes, em conversa com o Mobile Time. “Os robôs podem substituir atividades específicas. O relacionamento entre as pessoas e outras funções que dependem do raciocínio ainda vão existir. A história do ‘apocalipse de robôs’ e fim dos empregos foi a mesma contada com os computadores. Alguns empregos sumiram, sim. Mas não foi um cenário caótico”.

Ainda assim, Prestes vê na entrada da robótica outros problemas como ética e valores, que precisam ser debatidos mais profundamente pela sociedade. Ele dá como exemplo a dependência que as pessoas que terão com os robôs; o ganho de autoridade dos robôs sobre as pessoas; a perda da privacidade de dados e proteção com as máquinas coletando dados o tempo todo; a possível destruição da propriedade privada; e comportamentos imorais.

“Queremos uma interação fluída com os robôs. Temos que estudar todas as áreas, como moral, ética e legislação. Temos que olhar mais os valores (bem-estar, privacidade, liberdade, autonomia, confiança e consentimento) se quisermos avançar com a robótica”, afirmou Prestes. “Não dá para saber se o robô é bom ou não. O robô não pode ter a mesma responsabilidade de um ser humano“, ressaltou. “O robô precisa ser visto pela sociedade como uma criança. Se um acidente acontece, o robô não é culpado. Mas as regras precisam definir se é a provedor, fabricante ou outro player”.

Como parte do desenvolvimento da robótica na sociedade, o professor tornou-se líder de um grupo do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), o P7007, que estuda a entrada das máquinas na sociedade com foco na criação de um guia para design ético, padrão de regras para policy makers, vocabulário para relacionamento homem máquina e design para empresas. Atualmente mais de 120 membros de diversos países fazem parte do grupo, incluindo o Brasil.

Embora afirme que poucos empregos vão desaparecer, Prestes acredita que pode ser necessário estipular uma renda mínima para os seres humanos, de forma a ajudar parte da população que não consegue emprego com a entrada dos robôs nas empresas.

Crise da Oi: Oi reconhece que a cada dia de impasse entre acionistas e credores intervenção fica mais próxima

A Oi já reconhece que o impasse entre credores e acionistas está tornando mais provável uma decisão de intervenção por parte da Anatel, ainda que não ache isso necessário. Ao ser perguntado se a pressão sobre a agência estaria aumentando no sentido de agir, Marco Schroeder, presidente da Oi, disse entender que sim. “Conforme o tempo vai passando vai aumentando (a pressão). Não vejo motivos em relação à operação. Estamos fazendo um trabalho que poucos acreditavam, revertendo os indicadores de qualidade e aumentando os investimentos, mas se a Anatel perceber, como regulador, que não tem um acordo (entre credores e acionistas), ela tende obviamente a agir, para não prejudicar os serviços. Não acho que chegou nesse momento, essa decisão é do regulador, mas sim, a cada dia que passa a temperatura vai subindo e a Anatel fica mais atenta a esta necessidade”, disse o executivo em entrevista a jornalistas durante a Futurecom.

Briga com acionistas

Ele explicou o impasse com os acionistas na semana passada, durante a reunião de conselho, quando os diretores estatutários se recusaram a assinar o plano apresentado pelos acionistas controladores.
“A recusa dos diretores (em assinar o acordo) é um sinal de que temos uma preocupação muito grande de buscar uma solução que seja boa para o acionista, para o credor e que preserve a companhia, sem risco de caixa. Qualquer plano que não tenha essa característica a gente não vai apoiar”, disse Schroeder

Ao ser perguntado se o uso do caixa da empresa estava fora de cogitação, ele disse que “o caixa da empresa existe para ser usado de maneira correta, com sabedoria, que faça a Oi ficar forte no futuro. Não quer dizer que não vá usar nunca. Pode ser para investimento, aquisição. Quando entramos na RJ tínhamos R$ 5 bilhões e agora a nossa estimativa para o relatório do final de setembro é que o caixa da companhia seja de cerca de R$ 7,5 bilhões”.

Segundo Schroeder, a empresa tem três desafios a serem resolvidos: corte na dívida dos bondholders, diluição dos acionistas e a dívida da Anatel. “E a empresa tem que sair devendo menos de 3 vezes o Ebitda”, disse.

Sobre a proposta dos fundos Moelis e G5, Schroeder diz que ela está sendo analisada e que será considerada. “O que temos dito é que não é possível atender a todas as demandas integralmente. A discussão é como se espalha (distribui) os recursos da Oi, porque ela gera recursos. Há uma briga entre (os diversos credores); entre os acionistas, que têm os direitos dele; e eventuais novos acionistas. A discussão é sobre esse tipo de condição, quanto vai diluir, quanto os credores vão receber e por ai vai. Todos estão em seu papel. Mas a soma dos três tem que caber no fluxo de caixa da Oi”.

Acordo com a Anatel

Em relação à Anatel o problema é diferente, explica Schroeder. “Temos um conjunto de R$ 11 bilhões em dívidas com a Anatel, que é substancial, e ninguém vai aceitar (a negociação) se isso não estiver negociado. Entendemos que essa dívida fica na RJ e tivemos isso decidido em diferentes instâncias (da Justiça). É importante essa decisão (do STJ, que negou o efeito suspensivo pedido pela AGU). Queremos fazer uma oferta que em termos legais seja aceitável para a AGU. Estamos propondo algo que legalmente o governo possa aceitar. Vamos agora trabalhar para colocar algo no plano que ela possa votar sim, porque se ela votar não, vou ter que conseguir muitos outros credores para compensar”, disse o presidente da Oi.
“Entendo que a Anatel tenha dever de ofício de recorrer, mas existem decisões da Justiça. Estamos conversando abertamente e superada essa discussão judicial precisamos ver como fazer uma proposta para que a Anatel possa votar a favor”.
Schroeder considera o Termo de Ajustamento de Conduta um caminho plausível. “Não poderia ser um TAC no pedaço judicializado, por volta de R$ 7 bilhões, que já está na AGU. Nesse caso, teríamos que ver a possibilidade de parcelamento. E o que está na esfera administrativa, gostaríamos sim de negociar um Termo de Ajustamento de Conduta. Seriam cerca de R$ 4 bilhões”.

Internet das coisas: Plano Nacional de IoT pode gerar até US$ 200 bi a mais no PIB em 2025

Com o detalhamento de 76 linhas de ações e estimativas de desenvolvimento do mercado de Internet das Coisas no Brasil, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o BNDES anunciaram durante a Futurecom mais algumas conclusões do estudo que embasará o Plano Nacional de IoT. O estudo conduzido pelo banco de desenvolvimento aponta que o Brasil poderá capturar até US$ 200 bilhões ao PIB até 2025 se implementar as ações indicadas. “Isso representa 10% do PIB”, diz Maximiliano Martinhão, secretário de políticas de Informática do MCTIC.

A análise concluiu que há quatro áreas em que o país pode se beneficiar mais da Internet das coisas: setor rural (o governo evita falar em agronegócio), saúde, cidades inteligentes e indústria digital. No mercado rural, o aumento de produtividade, segundo o estudo, pode ser de 49%, gerando um ganho de R$ 5 bilhões a US$ 21 bilhões; na indústria, 40%, aliada a uma redução de 20% nos acidentes de trabalho, com ganho de US$ 11 bilhões a US$ 45 bilhões. No setor de saúde, a expectativa é uma redução de 30% nas doenças graves e uma queda de 40% nos custos de administração de equipamentos, gerando um benefício para a economia da ordem de US$ 5 bilhões a US$ 39 bilhões; e no segmento urbano a adoção de soluções de cidades inteligentes gera um valor de US$ 13 bilhões a US$ 27 bilhões, com ganho, por exemplo, de uma redução de 15% dos acidentes no trânsito com a adoções de mobilidade.

A expectativa do BNDES é que, nestes segmentos, o Brasil não só desenvolva uma economia e um ecossistema de empresas como passe a exportar tecnologia e conquistar mercado global nestas áreas. “O BNDES está comprometido a implantar com celeridade as proposições (do plano de IoT). São 40 profissionais mobilizados para ajudar start-ups e PPPs. Seremos articuladores ativos para estruturação e financiamento, inspirados na experiência do BPI, que é banco de desenvolvimento da França. Queremos ser uma rede de empreendedores com recursos e expertise, para estimular a experimentação e adoção de hospitais 4.0, fazendas tropicais 4.0 e outros projetos em definição”. O secretário Martinhão e o diretor do BNDES participaram da Futurecom, que acontece esta semana, em São Paulo.