A origem do WiMax começa no início da década de 2000 como uma tecnologia de acesso sem fio (wireless) que oferecia banda larga a grandes distâncias que variavam de 6 km a 9 km. A solução atendia lugares que, normalmente, eram inviáveis economicamente ou de alto custo, por serem localizadas em regiões de difícil acesso e/ou com pouca densidade de usuários.
Wi-Fi x WiMax
A tecnologia era comparada com o Wi-Fi, mas o principal diferencial era o seu alcance. Enquanto a rede Wi-Fi podia cobrir grandes áreas com a dependência da instalação de inúmeros pontos de acesso, sendo da ordem de dezenas de metros, o WiMax era da ordem de quilômetros.
Outro contraponto com o Wi-Fi era a possibilidade de utilizar o serviço em qualquer lugar coberto, como, por exemplo, uma pessoa poderia participar de uma videoconferência dentro de um táxi em movimento ou poderia efetuar uma compra e fazer o download de uma música diretamente para o seu aparelho de MP3.
Instalação do serviço
Quando a tecnologia surgiu, a conectividade estava migrando das linhas discadas, que tinham um limite de 56 Kbit/s, para conexões banda larga, com velocidades superiores. O WiMax, conhecido como Worldwide Interoperability for Microwave Access ou Interoperabilidade Mundial para Acesso por Microondas, em português, foi baseado no padrão IEEE 802.16, criado em 1999, e tinha capacidade, na teoria, de alcançar até 50 quilômetros de distância.
Nos primeiros anos de testes, a Intel liderou os pilotos da rede WiMax no Brasil, em colaboração com as universidades, empresas e instituições governamentais em diferentes regiões do País.
Suspensão
De 2008 até 2010, a Embratel passou a ofertar o serviço de WiMax para as empresas de pequeno e médio porte nas principais capitais brasileiras, com conexão banda larga e telefonia VoIP. Após este período, suspenderam novas ofertas, fazendo a manutenção de produtos já contratados ou a sua substituição por outras soluções.
No caso da operadora Vivo, a rede também foi ofertada, mas ainda em 2012 o WiMax foi substituído pela frequência LTE, usada como padrão para a implementação da rede 4G. Em toda a América, Europa, Ásia e parte da Oceania, outras operadoras também se interessaram pela solução, mas em todas as regiões não demorou muito para o serviço ser descontinuado.
Entrada da rede 4G
A conectividade WiMax era melhor que a rede 2G e comparável com a 3G pela rapidez. No entanto, não passava dos 8 km em relação à área de alcance. Na época, existiam poucos equipamentos que eram compatíveis com a rede, e isso pedia maior investimento para alterar a infraestrutura. Além disso, o período de testes foi longo e isso acabou atrasando o seu lançamento e incorporação. Assim, ao surgir a rede 4G, com velocidades maiores, o WiMax perdeu a sua atratividade.