Na década de 1990, as redes móveis de segunda geração (2G) dominavam o mercado, mas apresentavam algumas limitações, principalmente em relação à transmissão de dados. Assim, com a necessidade de uma rede de conexão móvel mais ampla e rápida, deu-se início ao desenvolvimento da terceira geração de redes móveis, ou o 3G.

A pesquisa e o desenvolvimento do 3G começou ainda na década de 1980 pela ITU (União Internacional de Telecomunicações), que utilizou o padrão IMT-2000 (International Mobile Telecommunications-2000) como a base para a tecnologia 3G. A tecnologia recebeu um pequeno lançamento pré-comercial no Japão, em 1998, pela operadora japonesa NTT DoCoMo, até finalmente ser lançada comercialmente em 2001.

O desenvolvimento do 3G foi impulsionado por  tecnologias como o W-CDMA (Wideband Code Division Multiple Access) e o CDMA2000, que melhoraram a eficiência no uso do espectro de rádio. No entanto, como toda tecnologia incipiente, o caminho até sua adoção em larga escala não foi exatamente fácil. Os custos de infraestrutura e dispositivos compatíveis, combinado com desafios técnicos, como cobertura limitada, tornaram os primeiros anos da implementação um grande desafio.

Aprovado tanto pelo governo quanto pelas redes de telecomunicação, o 3G se estabeleceu entre o espectro de 400 MHz e 3 GHz, com uma velocidade na época que podia chegar até 2 Mbps (hoje essa velocidade fica em torno de 8 Mbps). Isso permitiu velocidades de transmissão de dados significativamente mais rápidas e abriu caminho para serviços como o streaming de vídeos, as redes sociais e as videochamadas.

Após o lançamento no Japão, países como a Coreia do Sul e algumas nações da Europa seguiram rapidamente na adoção do 3G. Nos anos 2000, a tecnologia começou a se consolidar como o padrão mundial, conectando milhões de pessoas à Internet móvel e estabelecendo uma base para o crescimento dos smartphones.

3G na Europa e no Brasil

Na Europa, o lançamento da 3G foi adiado devido a questões regulatórias e de alocação de espectro, mas, em 2003, vários países europeus começaram a introduzir serviços 3G. Operadoras de telecomunicações nos Estados Unidos também lançaram serviços 3G por volta dessa época, mas a cobertura inicial era mais limitada.

No Brasil, a primeira rede 3G foi implementada em 2004, pela operadora Vivo, cobrindo as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

Desligamento

A partir do início dos anos 2020, muitas operadoras de telecomunicações começaram a desativar suas redes 3G para realocar o espectro para serviços 4G e 5G. Nos Estados Unidos, por exemplo, operadoras como Verizon e AT&T já desativaram suas redes redes 3G em 2022.

De acordo com o GSA (Global Mobile Suppliers Association), 192 operadoras em 68 países e territórios concluíram, planejaram ou estão em processo de desligar suas redes 2G e 3G.

No Brasil também há planos para a desativação dessas frequências, mas a Abese, (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), estima que serão necessários pelo menos três anos para o desligamento das duas redes.

 

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