A primeira rede de antenas de telefonia móvel foi implantada no Brasil em 1972. Mas se tratava de uma tecnologia anterior à celular, com baixa capacidade – a IMTS (Improved Mobile Telephone System). Esse sistema contava com apenas 150 terminais, em Brasília. Com essa infraestrutura, 10 mil consumidores podiam ser atendidos, mas houve pouca adesão por um bom motivo: o custo de um aparelho era de cerca de US$ 20 mil na época.
Em 1984, após análise de quais sistemas de telefonia móvel poderiam ser implantados no País, chegou-se à conclusão de que o padrão americano AMPS (Advanced Mobile Phone System) era o mais adequado. Com o aumento da demanda, o Ministério das Comunicações expandiu a banda de frequência para o padrão E-AMPS (Extended AMPS).
Somente em 30 de dezembro de 1990, o Sistema Móvel Celular (SMC) começou a operar no Rio de Janeiro, que se tornou a primeira cidade brasileira a ter essa rede em operação. Um ano depois, o sistema da Telebrasília também foi estabelecido, seguido por Campo Grande, Belo Horizonte e Goiânia. Em 1993, foi inaugurado o SMC no estado de São Paulo, numa área de concessão que envolveu 620 municípios, sendo 64 na região metropolitana e 556 em cidades do interior.
Todas as tecnologias móveis até então, mesmo que celulares, eram analógicas. O cenário só foi mudar em 1997, quando começou a operar o primeiro serviço celular digital da Banda B, em Brasília. Com a liberação das frequências às empresas privadas nacionais e estrangeiras, o sistema sofreu um barateamento e aumentou sua área de abrangência, além do número de terminais.