A Google Play Store é uma das maiores lojas de aplicativo do mundo, ao lado da App Store. Em número de downloads e de opções de apps, a plataforma para o sistema Android leva vantagem. No primeiro trimestre deste ano, a loja de apps teve 25,6 bilhões de downloads contra 8,4 milhões da App Store, segundo relatório da Sensor Tower. Até julho, a Google Play oferecia 2,3 milhões de aplicativos, enquanto a loja da Apple tinha cerca de 1,96 milhão. Segundo o próprio Google, mensalmente, a plataforma tem em torno de 2,5 bilhões de usuários em mais de 190 países.

No entanto, nem tudo foram flores. O formato da Play Store abriu espaço para pessoas mal intencionadas subirem aplicativos maliciosos, por conta das falhas de segurança. Entre 2016 a 2018, roubos de dados e bitcoins se tornaram frequentes. Em 2017, a gigante de busca retirou do ar 500 aplicativos que tinham alguma brecha para a entrada de spywares.

Para diminuir essas ocorrência, o Google disponibilizou o Play Protect para os seus usuários, um antivírus, que verifica e escaneia o produto disponível no Google Play. Além disso, a big tech otimizou o sistema Android para que a pessoa que o utiliza defina o acesso dos aplicativos aos seus dados, e retirou da plataforma mais de 1 milhão de aplicativos de 2017 para cá. De acordo com a empresa, o número de downloads dessas ferramentas maliciosas fica abaixo de 1%.

Evolução tecnológica e estética

A loja chegou ao mercado em 2008, para acompanhar a chegada dos primeiros aparelhos com sistema Android. Batizada de Android Market, a plataforma era menos robusta e com uma variedade menor de apps. O seu ícone era uma sacola com um android no seu canto esquerdo.

Google Play

Logo do Android Market. Imagem retirada do Flickr, do usuário mustafaeltaher

 

Cerca de quatro anos depois, o Google decidiu que todas as suas soluções digitais seriam centralizadas. Dessa forma, Android Market, Google Music (Play Music) e Google Books ficariam em uma plataforma, chamada de Google Play Store. A big tech também queria oferecer produtos que se integrassem ao sistema Android em outros aparelhos, como computadores e Smart TVs. A mudança ampliou o número de soluções disponíveis na loja de apps, com a chegada de novas ferramentas para jogos, música, livros, filmes e muitos outros.

 

Visualmente também houve mudanças. No lugar do robô, surgiu um triângulo com beiradas pontiagudas e cores vibrantes. Em 2017, a sacola foi removida e ficou apenas a figura geométrica colorida.

Google Play

Logo da Google Play Store, em 2017. Imagem retirada do site Logos World.

Celebração dos dez anos

Dois anos atrás, a Play Store comemorava seus dez anos de existência. Para festejar, a big tech anunciou um sistema de recompensas para a plataforma. Através do sistema, seria possível ganhar pontos ao comprar os conteúdos, itens nos apps disponíveis e até por downloads na plataforma. Inicialmente, para alguns países da África, Ásia, Europa e Oceania.

Novamente, uma mudança visual foi realizada. Esta, mais sutil. O triângulo ficou com as pontas arredondadas e suas cores vibrantes ficaram mais suaves. O objetivo era deixar a estética mais compatível com a do buscador.

Mais recentemente, o Google atualizou sua política de combate contra o Spam. A big tech estabeleceu alguns pré-requisitos que serão determinantes para a remoção de ferramentas na plataforma. Com isso, aqueles que só tiverem texto ou fundo de tela, sem proporem alguma tarefa, ou que apresentarem problemas de instalação, carregamento e funcionamento serão retirados. Essa é mais uma estratégia para oferecer aplicações melhores e mais seguras para os usuários, a qual passa a valer a partir deste sábado, 31.

Foto de Yuri Samoilov, disponibilizada no Flickr

 

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