| Publicada no Teletime | “Não tem nada acertado sobre o 5G ainda. O Fábio Faria (Ministro das Comunicações) vai ficar uma semana fora, visitando vários países, para discutirmos qual é que pode apresentar a melhor proposta para nós e possa nos atender. Ninguém está fora. Vamos conversar com todo mundo. Precipita-se quem acha que eu estou negociando o 5G com quem quer que seja em troca disso ou daquilo. Não existe negociação. Entre os países existe interesses, respeitamos os interesses deles, temos os nossos, e o Brasil mudou nessa questão desse relacionamento, dessa política externa, mudamos bastante, e estamos fazendo, no meu entender, a coisa certa, em especial tendo à frente o Ernesto Araújo, o nosso ministro de Relações Exteriores”. Com esta fala dada em entrevista à CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a jogar dúvidas sobre a disposição do governo de permitir ou vetar a participação da Huawei na construção das redes de 5G no Brasil. A fala aconteceu no sábado, 30, depois de passear de moto em Brasília.
A explanação do presidente desmente as informações divulgadas por diferentes órgão de imprensa, inclusive Teletime, de que, para facilitar a reaproximação diplomática e a liberação pela China dos insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil, o governo teria sinalizado com o não veto à Huawei na construção das redes. E também desmente o principal argumento dado por Fábio Faria às operadoras de telecomunicações para justificar a política, trazida na Portaria 1.924 editada pelo Ministério das Comunicações, de uma rede privativa ao governo bancada com recursos do 5G, em troca de uma liberação de todos os fornecedores nas redes comerciais em geral.