[Atualizado às 11h20 do dia 2/2/2023 – trocando Raizen por Raia Drogasil entre as empresas que Gon tem presença no board] O ano de 2023 para a CI&T será voltado à consolidação e crescimento das empresas adquiridas, além da racionalização do trabalho junto aos clientes. Em conversa com Mobile Time nesta quarta-feira, o CEO e fundador da empresa, Cesar Gon, explicou que a companhia não terá um movimento forte de aquisições como ocorreu em 2022, logo após sua oferta pública inicial (IPO).
“Ano passado foi a execução do plano que era um conjunto de aquisições. Nós compramos empresas na Inglaterra, Austrália, Estados Unidos e a Box (no Brasil). Agora nós temos esse mosaico de plataformas para crescer. Portanto, esse é um ano mais calmo na perspectiva de M&A, mas intenso na perspectiva de expandir essas plataformas adquiridas”, diz.
Para este ano, Gon explica que a empresa está com uma estratégia de “eficiência digital muito forte”. Na prática, isso significa que a CI&T buscará apoiar as empresas em momentos de cautela da parte delas em investimentos, em uma perspectiva de “fazer mais com menos”.
“Por isso, montamos essa abordagem (eficiência digital) que iniciou no ano passado. E tem muito sucesso, pois acho que ela reverbera bem com o momento das empresas que estão nessa transição digital. Todo mundo sabe que vai ter que continuar investindo, mas precisa racionalizar os seus investimentos”, completa.
Um exemplo de parceria entre a consultoria digital e seus clientes está no fato que Gon passou a participar do conselho de administração de clientes, como Itaú e Raia Drogasil. Além disso, a sua COO, Solange Sobral, participa do board de outra cliente, a Vivo. O CEO da CI&T acredita que esses movimentos mostram como o digital se tornou um assunto estratégico nas companhias, em especial nas grandes, que é o seu grande público-alvo.
Parceria
Um exemplo de empresa adquirida pela CI&T em 2022 que começa a ganhar tração é a agência de pesquisa e tendências de mercado, a Box 1824. Embora ainda siga independente da compradora, a CEO da empresa comprada, Paula Englert, explicou que a sinergia e a troca de informações estão em dia e gerando frutos para os dois lados. A executiva explicou que cinco projetos já estão rodando em parceria com a CI&T, mas o intuito é crescer mais, principalmente no exterior.
“Atuávamos globalmente sob demanda. Agora, estamos mais organizados e podemos aprofundar a nossa visão sobre as unidades de negócios. Agora que fazemos parte da família CI&T queremos aumentar a nossa capacidade estratégica”, diz a executiva. “A Box é uma consultoria estratégica que trabalha muito com o futuro de uma empresa, mas queremos ampliar esse lugar da consultoria para que a gente consiga caminhar um pouco mais até um business plan”, explica.