O desenvolvimento do ecossistema móvel tem gerado novas possibilidades de negócio. Diante da variedade de dispositivos, navegadores e sistemas operacionais, Leandro Ginane fundou, em janeiro de 2013, o deviceLab, um laboratório de testes funcionais e de usabilidade em aplicações digitais. “É praticamente impossível para um desenvolvedor testar uma aplicação em diferentes ambientes, em razão da grande diversidade e complexidade de cada aparelho, sistema operacional e navegador. De olho nessa dificuldade, lançamos esse laboratório de testes em dispositivos móveis”, explica  Ginane.

Para desenvolver os testes com a maior eficácia possível, o  deviceLab conta com mais de 20 dispositivos, entre tablets e smartphones, incluindo lançamentos recentes no mercado, como o iPhone 5 e o iPad Mini. Além disso, o laboratório possui máquinas virtuais em que operam diversas variações de sistemas operacionais e navegadores e nas quais se testa a velocidade das aplicações. Ao fim dos testes, o laboratório emite um relatório de resultados, com recomendações. “Nosso diferencial é que não somos apenas um laboratório de testes, mas operamos também como uma empresa de consultoria”, ressalta o executivo.

Na prospecção de clientes, o deviceLab tem mantido o foco no mercado financeiro (mais especificamente, no segmento de mobile banking), nos portais de conteúdo e no comércio eletrônico. Desde janeiro, realiza testes para o site de compra e venda de veículos Webmotors e negocia com mais quatro empresas, que devem se tornar clientes até abril deste ano. A expectativa é de que até dezembro o deviceLab atenda a 20 clientes. “Projetamos um faturamento anual de R$ 2 milhões”, estima Ginane.

As possibilidades de testes são variadas e incluem desde projetos bastante completos, direcionados para grandes portais de conteúdo e de comércio eletrônico, até testes rápidos, em geral voltados para agências de publicidade e propaganda que precisam lançar um aplicativo. O laboratório disponibiliza, ainda, testes gratuitos para desenvolvedores em horários pré-determinados. “Achamos importante catequizar o mercado nacional no sentido de testar as aplicações antes de lançá-las”, afirma o fundador. Os desenvolvedores que realizam testes no deviceLab entram para o banco de dados do laboratório e podem, inclusive, ser convidados para integrar a equipe de funcionários.

 

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