A Oi pretende encerrar 2019 com 80% de seu consumo de energia oriundo do mercado livre (50%) ou da geração distribuída (30%) a partir de usinas dedicadas. Para isso, a empresa aposta em cinco fazendas de energia solar contratadas em Minas Gerais e que devem entrar em operação até o mês de julho, conta o recém-empossado diretor de energia da tele, Bernardo Scudiere. Administrador de empresas com pós-graduação em telecom, Scudiere tem passagens pela SGP Solar e pelo grupo EBX. Na Oi, terá como foco iniciativas de eficiência e de aumento do consumo via fontes renováveis.
A presença nacional da tele acarreta em 67 mil unidades consumidoras (UCs) de energia que consomem 1.670 GWh (ou 190 MW médios) em um ano. Deste total, 40% já é comprado no mercado livre de energia e incluí contratos com pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ou usinas de biomassa.
No caso da geração de energia para consumo próprio, a meta de atingir 30% até o final do ano foi considerada um “desafio” por Scudiere. Em paralelo com a entrada em operação das cinco usinas em MG, a Oi projeta “contratar um grande volume de fazendas em todo o País”, afirmou o executivo. “[Também] estamos acompanhando as mudanças das regras da geração distribuída para o próximo ano”. Uma consulta pública para a revisão da regulação da modalidade foi aberta pela Aneel em janeiro.
Consumidoras intensivas de energia, as teles têm no insumo um componente sensível que gera contas anuais de centenas de milhões de reais. Em seu último balanço (que compreende o período de julho até setembro de 2018), a própria Oi observou que uma mudança na bandeira tarifária tinha sido responsável por um aumento de 3,7% nos custos de serviços com terceiros. A empresa, contudo, conta com um plano estratégico de eficiência para a área desde 2015.