O Banco PAN (Android, iOS) fez uma pesquisa com o público CDE sobre as percepções de seus clientes a respeito do open banking. Apenas 16% dos entrevistados disseram que já ouviram falar a respeito da nova modalidade financeira. Aqueles com 55 a 64 anos são os que mais já ouviram falar sobre novo sistema desenvolvido pelo Banco Central (22%) e a faixa etária em que o termo é menos conhecido está entre aqueles de 30 a 39 anos (12%).
Para quem desconhecia open banking, a enquete explicava o conceito. E, depois que o entrevistador passava as informações sobre o que é o open banking, 50% dos respondentes afirmaram que o sistema “vai trazer mais praticidade para os clientes” e 49% deles disseram que o open banking “funciona como uma portabilidade entre bancos”.
Quando eram informados que a ideia de compartilhar dados traria benefícios, a aceitação ao open banking chega a 60%. Dessa forma, 64% informaram que compartilhariam seus dados “se tiver a possibilidade de melhores oportunidades de empréstimo e crédito”, enquanto 60% responderam que fariam o compartilhamento “se isso ajudar a conseguir um produto ou serviço melhor no banco que procurei”.
Para Luiz Krempel, superintendente de open banking do Banco PAN, a pesquisa serviu para o seu propósito: entender como poderá ser feita a comunicação para seus clientes. “A gente queria entender como o open banking está chegando nas pessoas. Mas ele ainda está na mídia especializada e não massificou como Pix porque ainda não há o compartilhamento de dados. Para a gente, se a pessoa conhece ou não o termo, para quem está comunicando, isso não importa. O que vimos de positivo na pesquisa foi que, quando comunicado da maneira correta, o brasileiro olha com bons olhos os benefícios que o open banking pode trazer para o sistema e para os usuários. A enquete mostra a propensão das pessoas em topar essa troca (o compartilhamento de informações) quando percebem que existe um benefício em troca”, explica. Segundo Krempel, o novo sistema deve se consolidar mais rapidamente do que em outros países porque o “brasileiro tem aptidão para adotar novas tecnologias”, completa.
Outro ponto de vista é que a comunicação deverá acontecer de forma distinta para dois públicos: os mais velhos – mais receosos com a segurança – e o público mais jovem, mais aberto às novas tecnologias. Segundo o superintendente do novo sistema no Banco PAN, para o primeiro público é preciso reforçar que o sistema é seguro, padronizado. Para o outro, mostrar os benefícios e a facilidade. “A comunicação tem que ser direcionada para que cada grupo perceba a proposta de valor do open banking”, resume Krempel.
Metodologia
A pesquisa Percepções sobre open banking foi realizada em parceria com o Instituto Plano CDE e feita com 1.524 pessoas, destas 1.007 com renda familiar de até R$ 5 mil. A margem de erro máxima da pesquisa é de 2,5%.