A proliferação de super apps e o seu desenvolvimento como carteiras nos tempos atuais se deve principalmente à facilidade da tecnologia, como explica Keith Grose, head de pagamentos internacionais na Plaid, durante o MWC 22, nesta terça-feira, 1, em Barcelona: “A proliferação de super apps que vemos hoje em dia é porque nunca foi tão fácil construí-los”, afirmou o executivo.
“A infraestrutura que foi construída ao redor dos pagamentos móveis e da conectividade é incrível, pois muito (da tecnologia) acontece por trás do uso. Por isso veremos mais e mais super apps se desenvolvendo em várias regiões em um ritmo rápido, pois acredito que as grandes marcas consideram isso e temos as ferramentas para promover isso”, explica Grose. “Veremos mudanças e saltos neste universo de super apps. Um exemplo são os pagamentos sem cartões, algo iminente hoje. São uma realidade em alguns mercados. Acredito que comerciantes físicos e e-commerces ao redor do globo estão analisando como ampliar a gama de opções de pagamentos para o usuário, pois precisam (oferecer essa facilidade). E veremos essa estrutura criar mais meios de pagamentos”, concluiu.
Um desses exemplos é a STC Pay, uma carteira digital que está presente na Arábia Saudita desde 2020. Segundo Ahmed Alenazi, CEO da e-wallet, o serviço tem atualmente 8 milhões de usuários e 3 milhões de transações diárias.
“Muitos consumidores usam os nossos serviços na carteira e criamos uma rede particular que possibilitou lançar outros produtos e serviços. Agora estamos caminhando para criar o nosso banco digital STC com um escopo maior de serviços financeiros”, disse Alenazi.
Outro exemplo é a parceria da operadora Vodacom com o AliPay para avançar no conceito de super app na África do Sul, ao unir a plataforma de pagamentos, comerciantes sul-africanos e a base de clientes da operadora em um único lugar.
“E-commerces e pequenos negócios podem apresentar seus produtos e serviços para 43 milhões de clientes da Vodafone na África do Sul”, explica Mariam Cassim, CEO de serviços financeiros na Vodacom, controlada pela Vodafone. “Acho que pagamentos vão continuar evoluindo. Falando de Single Sig-On, e Single Security, os players que vão crescer são aqueles que ofereçam uma experiência simples e segura. Os consumidores não querem preencher dados em dez plataformas diferentes”, completou.