Após relançar produtos da marca Kodak no Brasil nesta semana com as câmeras Mini Shot Retro 2 e Mini Shot Retro 3, a distribuidora Brazil Electronics mira vender até 10 mil peças por mês até dezembro de 2024. Inicialmente com uma parceria exclusiva com a Fast Shop, a empresa não quer não se limitar e planeja expandir a comercialização a partir do segundo semestre do ano, inclusive com operadoras.
“Queremos colocar o produto em todo varejo nacional. Temos uma loja online direta com a fábrica, para controle de preço, combate ao mercado cinza e para reduzir a venda de produtos sem a certificação da Anatel. Também faremos collabs (ações em conjunto) com outras marcas no Brasil nas próximas semanas”, disse em com Mobile Time na última quinta-feira, 29, Fernando Perfeito, CMO da distribuidora.
O executivo afirma que neste processo de expansão mira avançar principalmente no mercado regional brasileiro e na chegada das câmeras Kodak nas operadoras, uma vez que os equipamentos têm forte apelo com o mercado retrô, mas estão imbuídos de tecnologias móveis como a impressora Bluetooth e o aplicativo próprio com filtro e realidade aumentada para manipulação das fotografias.
“Com a Fast Shop, nós queremos manter a parceria. Mas também queremos levar os produtos para as operadoras no próximo ano e levar para o mercado regional em 2025”, afirmou o CMO, ao lembrar que a exclusividade cai no segundo semestre. “Para a operadora será o mesmo processo de definição da varejista. Vamos escolher aquela telco com a melhor experiência do usuário, exposição e posicionamento de venda em loja. Estamos abertos para conversar para os próximos trimestres”, completa.
Anderson Kanno, diretor estatutário da varejista, diz que as novas câmeras da Kodak estarão em exposição em 33 lojas em todo Brasil, “onde o cliente tem total liberdade para interagir com o produto” e os vendedores foram treinados para sanar qualquer dúvida dos clientes. Ao todo, os produtos já estão disponíveis no e-commerce e no app Fast Shop (Android e IOS), igualmente.
Estratégia local
Com foco no mercado retrô e de tecnologia, a Brazil Electronics não descarta trazer a fabricação dos produtos para o Brasil no futuro. Mas no começo da operação em todo o ano de 2024, o CMO revela que os produtos serão importados.
Sobre a faixa de preço dos equipamentos, por volta de R$ 1,5 mil, Perfeito diz que, embora seja mais cara que a concorrência, o fato de as câmeras Kodak serem instantâneas, com impressora e cartucho, o valor fica mais barato para o consumidor do que se comprasse uma similar com a impressora separada.
Ressalta ainda que, se o produto ganhar escala no varejo nacional, o valor pode cair.
Diz também que há uma estratégia de mais lançamentos da marca para o segundo e o terceiro trimestre de 2024, sendo que um deles já está em processo de certificação. Questionado se um desses equipamentos seriam impressoras de autoatendimento para o mercado B2B, como existiu no passado e tem no exterior, o executivo explica que não pode confirmar.
Contudo, o site da Kodak no Brasil tem uma área com os dizeres ‘Impressoras (em breve)’. Vale dizer que a Kodak tem fora do País as impressoras de autoatendimento e impressoras de fotos pessoais.
Distribuição
No mercado desde 2020, a Brazil Electronics é fundada por argentinos e tem operações em São Paulo e Espírito Santo. De acordo com o CMO, a sua estratégia é ajudar as marcas que não estão no Brasil a importar, regularizar, implantar, distribuir e divulgar seus produtos.
Além da Kodak, a empresa ainda tem duas marcas em seu portfólio, a Guzzini, uma empresa de utilidades domésticas italiana que também tem distribuição exclusiva, e a Trezor, uma empresa tcheca de hardware para o mercado cripto (hard wallets) que autorizou a companhia como distribuidora.
Perfeito reconhece que estão abertos a trazer mais “marcas icônicas e exclusivas” e que “ainda não estão presentes no Brasil”. Neste modelo, a empresa deseja replicar o formato feito com a Kodak.
“Acho importante comentar, nós estamos trabalhando com uma marca icônica (Kodak), parceiros fortes e tradicionais (Fast Shop). Temos certeza que o consumidor conhecendo o produto, nós teremos o sucesso da marca e poderemos crescer mais ano que vem”, completa.
Imagem principal: Fernando Perfeito, CMO da Brazil Electronics (divulgação: Brazil Electonics)