O crescimento dos smartphones deve atingir um novo recorde em 2015, com 40% dos aparelhos no Brasil acessando a rede do 4G, é o que afirma o diretor de dispositivos móveis da Samsung, Roberto Soboll.

Durante sua apresentação na Samsung Developers Day, nesta segunda-feira, 1, no Auditório do MASP, em São Paulo, Soboll revelou que o mercado de smartphones cresce não apenas na quantidade de smartphones, mas também no desenvolvimento de novas tecnologias. “Hoje, a Samsung é a número 2 em registros de patentes nos Estados Unidos. Fica atrás apenas da IBM”, exemplifica o executivo. “Há cada uma hora vendemos 50 mil smartphones no mundo”.

Um exemplo de desenvolvimento de tecnologia da empresa está na área de pagamentos móveis, com o Samsung Pay. O serviço deve chegar ao Brasil em breve, porém sem data definida, como cita Rafael Simionato, engenheiro de pesquisa e desenvolvimento da empresa. “A Samsung está entrando no mercado de pagamentos eletrônicos (Samsung Pay). A ideia é que vocês (programadores) vão ver nos próximos dias, vários acordos com empresas como Master e Visa”, explicou o engenheiro para a plateia de desenvolvedores. Vale lembrar que no Mobile World Congress (MWC) este ano, Samsung e Visa previram que o Samsung Pay será lançado no Brasil antes das Olimpíadas de 2016.

Conteúdo e desenvolvimento

Para Soboll, o desenvolvimento do mercado móvel no Brasil, e no mundo, passa por um conteúdo de qualidade e relevante aos usuários de smartphones. “Trazer conteúdo e serviços relevantes é algo importante para a realidade do brasileiro”, afirma o diretor da companhia sul-coreana. “É isso que trazemos aqui, nesse evento e com este tipo de produto”, disse demonstrando o portfólio de produtos da Samsung para a audiência.

O executivo lembra que, embora não esteja com a mesmo ritmo de crescimento dos smartphones, o desenvolvimento de aplicativos para tablets também é importante. “A cada seis, sete smartphones (Samsung) que são comercializados, vendemos um tablet”.

Internet das Coisas e Tizen

A Samsung também aproveitou parte do evento para abordar duas apostas da companhia, a Internet das Coisas (do inglês “Internet of Things ou IoT”) e o sistema operacional Tizen (fala-se “Taizen”), que é baseado em Linux e codificação web.

“A IoT é uma tendência muito forte. E vamos entrar nisso em breve. Teremos cursos na Samsung Ocean SP”, disse Guilherme Selber, gerente de operações do Samsung Ocean em São Paulo, centro de treinamento para desenvolvedores de fora da companhia – ainda existe outra unidade do Ocean em Manaus.

Outra novidade voltada para IoT são as placas da Artik, empresa que foi recentemente comprada pela Samsung. Porém, os produtos ainda não chegaram no Brasil para os desenvolvedores começarem a trabalhar em soluções através delas, como já existe com as placas Raspberry e Arduino.

O sistema Tizen, por sua vez, no Brasil é usado por TVs da Samsung e os smartwatches da linha Gear. Enquanto isso, na Ásia, três países produzem smartphones com o sistema operacional: Sri Lanka, Índia e Bangladesh. Questionado por essa publicação se o Brasil poderá juntar-se aos outros países na produção de celulares com o Tizen, Eduardo Conejo, diretor de pesquisa e desenvolvimento do media solutions center da Samsung para América Latina, disse que a empresa ainda não prevê lançamento, mas deixa aberta essa hipótese. “Não temos previsão (de lançamento do Tizen). Mas o mercado de smartphones varia muito, é extremamente flutuante”, afirma Conejo.

 

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