A notícia do crescente movimento de ad-blockers na Internet, com o Brasil como sétimo colocado no ranking global de usuários ativos por mês, deve trazer uma atitude mais criteriosa de criadores de conteúdo com a qualidade de seus anúncios, como explicou Benjamin Vallat, VP de desenvolvimento de negócios do Twitch (Android, iOS e Amazon Store), companhia de streaming de jogos digitais que atua no Brasil desde fevereiro.
“Quando você tem um bom conteúdo, ele não vai incomodar o usuário. Na verdade, se você tiver um bom conteúdo, o sujeito vai clicar”, disse o executivo francês durante passagem pelo Brasil. “Do nosso lado, como criadores de conteúdo, o melhor jeito de combater ad-blockers é fazendo conteúdo nativo”.
Representante do Twitch na América Latina e VP sênior de parcerias e vendas da IMS, Enor Paiano espera que o modelo de ad-blockers seja revisto, ou poderá atrapalhar o uso e desenvolvimento de jogos no mobile. Como solução, além da publicidade nativa, Paiano acredita que o modelo de recompensa para os consumidores que assistem a propaganda é uma alternativa positiva – vide a oferta da Vivo de Data Rewards, que provê bônus em tráfego de dados em troca da exibição de anúncios.
Streaming de jogos
Durante palestra para uma plateia de publicitários e desenvolvedores de jogos nesta quarta-feira, 1, Vallat afirmou ver no mobile um meio de crescimento forte para sua plataforma de streaming de games no Brasil. No mundo, o mobile responde por metade da audiência do Twitch, percentual similar na América Latina.
Questionado sobre como será o relacionamento com as teles e qual produto poderá ser ofertado, Paiano disse que a ideia é ofertar o serviço de game por streaming, tecnologia lançada pelo Twitch em 2014. Porém, é algo que ainda “está caminhando”, sem nada concreto por enquanto.